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RESERVA
ROOSEVELT: GOVERNADOR SE DIZ HORRORIZADO
COM MASSACRE E COBRA GOVERNO FEDERAL
Panorama
Ambiental
Porto Velho (RO) - Brasil
Abril de 2004
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O governador Ivo
Cassol declarou ontem pela manhã, ao participar
da abertura do Seminário Previdência
Social para os Municípios de Rondônia,
em Porto Velho, que está horrorizado com
o massacre de garimpeiros ocorrido dentro da Reserva
Roosevelt dos índios Cinta-Larga, em Espigão
do Oeste. Ele disse que ouviu depoimentos de sobreviventes
do conflito, que relataram os horrores patrocinados
pelos índios. “Foi uma barbárie, uma
atrocidade que não pode ficar impune”.
Cassol fez duras críticas à atuação
da Funai (Fundação Nacional do Índio)
no episódio. "Se o pessoal da Funai
na reserva tivesse liberado a entrada das polícias,
militar e federal, na reserva, na quinta-feira da
Semana Santa, não teriam ocorrido outras
mortes", afirmou.
Os corpos de 29 garimpeiros já foram resgatados
pela força-tarefa da Polícia Federal
e há a denúncia de que outros 35 estão
desaparecidos. "Houve um primeiro conflito
no início da semana santa que segundo depoimentos
de garimpeiros levou à morte de uns 15 garimpeiros.
Os outros foram amarrados em árvores, castrados,
torturados e queimados durante dias", conta
o governador.
Ivo Cassol criticou também a postura do presidente
da Funai, Mércio Pereira Gomes, que disse
que os índios agiram em defesa de suas terras.
"Imagine se todo proprietário que tivesse
terras invadidas fizesse como os índios"
observa.
Garantir a segurança - Indignado com a matança
de garimpeiros ocorrida dentro da Reserva indígena
Roosevelt, o governador pediu ontem que o governo
federal possa enviar homens do Exército para
garantir a segurança e que a Polícia
Federal investigue as mortes e puna os culpados.
“Somente a presença constante do Exército,
pode assegurar que a reserva não será
invadida e que o clima vai ficar tranqüilo.
Mas precisam ocupar as principais entradas de imediato
e não podem sair de lá”, explica Cassol.
O governador disse que é preciso uma atuação
firme do governo federal na resolução
dos problemas. “O garimpo não vai parar.
É a maior jazida de diamantes do mundo e
isso atrai a atenção de mineradores
de várias regiões do País.
Ou o governo coloca o Exército na Reserva
ou autoriza a liberação da lavra,
de maneira ordenada, gerando recursos aos índios,
à União, ao Estado e municípios.
Como está e que não pode ficar”.
Cassol lembrou que já havia alertado ao Ministério
da Justiça, através de ofícios
e pessoalmente em Brasília com o ministro
Márcio Thomaz Bastos, sobre uma provável
matança entre índios e garimpeiros.
“Levei ao ministro o problema, informei da situação
de tensão e da possibilidade de um conflito
com mortes dentro da Reserva e também alertei
para o possível envolvimento de funcionários
da Funai (Fundação Nacional do Índio)
com o contrabando de diamantes. Mas nada foi feito
e agora precisam ser tomadas medidas firmes e urgentes”,
completou.
Fonte: Governo de Rondônia
(www.ro.gov.br)
Assessoria de imprensa