 |
COCA-COLA,
McDONALDS E UNIVELER SE COMPROMETEM COM
GREENPEACE A ELIMINAR USO DE GASES QUE CAUSAM
EFEITO ESTUFA
Panorama
Ambiental
Bruxelas – Bélgica
Junho de 2004
|
 |
Comprometimento
das empresas é resultado de campanha
da organização ambientalista
contra uso de HFCs em refrigeradores
Greenpeace
comemora mais uma vitória na guerra
contra a mudança climática,
após três empresas líderes
mundiais dos setores de alimentos , fast-food
e refrigerantes terem se comprometido hoje
a eliminar gradualmente a utilização
de equipamentos que contêm hidrofluorcarbonetos
(HFCs) (1) no seu mecanismo de refrigeração.
Onze anos após o início da campanha
contra o uso destes gases, que são
responsáveis pelo efeito estufa, o
Greenpeace mostra ao mundo que o futuro da
refrigeração pode causar menos
impacto no clima do planeta. |
O Greenpeace e o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apoiam
a iniciativa da Unilever, Coca-Cola e McDonald’s
em dar início à eliminação
de HFCs nos equipamentos de refrigeração.
As empresas apresentaram seus programas durante
uma conferência realizada hoje em Bruxelas.
Este comprometimento das empresas é
o resultado das exigências feitas pelo
Greenpeace durante o período que antecedeu
os Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney,
quando a organização exigiu
que os líderes de mercado em diversos
setores se comprometessem com um futuro livre
de HFC. Um mês após o lançamento
de uma grande campanha de conscientização
dos consumidores sobre |
estes problemas,
a Coca-Cola comprometeu-se em eliminar gradualmente
a utilização destes refrigeradores
até a realização da Olimpíada
de Atenas em 2004. Em 1993, quando o Greenpeace
desenvolveu e divulgou o refrigerador Greenfreeze
- a primeira geladeira do mundo livre de CFC (clorofluorcarboneto)
e HFCs -, provou que esses gases são desnecessários
nos processos de refrigeração. Os
refrigeradores Greenfreeze revolucionaram a tecnologia,
tornando-se um padrão industrial de produção
de refrigeração doméstica (2).
“O Greenpeace saúda o comprometimento feito
pela Unilever, Coca-Cola e McDonald’s. Nós
pedimos para que seus concorrentes, como Nestlé,
Pepsi e Burger King, sigam esta tendência.
Mas esta ação positiva das empresas
é apenas parte do caminho. Para a solução
completa do problema, os governantes também
precisam agir. Os políticos não podem
ficar parados esperando o mercado definir o caminho
que deve ser trilhado pelo governo” (3), disse Gerd
Leipold, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.
Até 2005, a indústria de sorvetes
da Unilever, que detém a marca Kibon, afirma
que comprará apenas cabines de refrigeração
livres de HFCs. Até agora, mais de 14 mil
equipamentos já foram substituídos.
Em todo o mundo, a Coca-Cola pretende converter
milhões de máquinas de venda automática
em refrigeradores livres de HFCs. O McDonald’s promete
fazer mudanças em 30 mil lanchonetes, trocando
11 tipos de equipamentos refrigeradores – incluindo
ar-condicionado, freezer portátil e refrigerador
de bebidas – por equipamentos alternativos. Pesquisas
em tecnologia de ponta sustentam a decisão
destas três empresas, fazendo com que os equipamentos
sejam viáveis e justifiquem os milhões
de euros investidos.
(1) Os gases HFC agem muito mais sobre o aquecimento
global do que o CO2, o gás mais conhecido
por causar o efeito estufa. Eles foram introduzidos
na natureza pela indústria química
há 15 anos, na mesma época em que
o gases CFCs começaram a ser regulamentados
pelo Protocolo de Montreal.
(2) O Greenpeace
desenvolveu a tecnologia Greenfreeze em conjunto
com a empresa alemã Foron, que se opunha
à introdução de HFCs desde
o início. Conhecida atualmente como indústria
modelo na Europa, China, Japão, América
Latina e Austrália, ela já vendeu
120 milhões de unidades de refrigeradores.
(3) Greenpeace luta
para que:
- Os governantes
eliminem gradualmente a utilização
de HFCs, quando não existirem substitutos
imediatos, fixar uma data de eliminação.
O cronograma não pode exceder cinco anos;
- Os governantes taxem a utilização
de HFCs até sua eliminação.
Esta taxa seria baseada no potencial de aquecimento
global e, assim, nos impactos sobre o meio ambiente;
- As partes do Protocolo de Montreal parem de custear
o projetos relacionados ao HFC;
- Os governantes estabeleçam um fundo compensatório
em que os produtores de HFC paguem para compensar
os danos ao meio ambiente e à saúde
humana relacionados ao uso extenso do produto;
- A União Européia defina imediatamente
datas para a eliminação gradual dos
HFCs em todas as aplicações da regulamentação
de gases fluoretados.
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa