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SEMINÁRIO
COMEMORA 30 ANOS DA FLORESTA NACIONAL DE
TAPAJÓS
Panorama
Ambiental
Santarém (PA) – Brasil
Junho de 2004
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Começou ontem,
em Santarém, com a presença do diretor
de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel,
o seminário “Floresta Nacional do Tapajós
– 30 anos de história”. O evento comemora
o aniversário da Unidade, criada em 19 de
fevereiro de 1974. Durante a abertura o diretor
do Instituto afirmou que hoje a Flona do Tapajós
é um referencial de conservação
na área de influência da BR-163 e que
existe uma série de bons resultados ligados
à gestão da mesma que estão
servindo como modelo para outras Unidades de Conservação.
Segundo Hummel a relação da Floresta
Nacional com as comunidades existentes no local
é bastante produtiva. Ele afirma que através
das ações do Ibama e de seus parceiros
tem sido possível apoiar projetos produtivos
que incluem a relação com as comunidades;
as práticas sustentáveis de uso do
solo e da floresta; ações na área
de saúde; e de organização
comunitária. “Uma Unidade de Conservação
como a Flona do Tapajós só vai sobreviver
com um amplo leque de parcerias com a sociedade
civil, com as comunidades e adotando uma relação
positiva com os municípios de seu entorno”.
Participaram também da abertura os gerentes
do Ibama de Belém, Marcílio Monteiro,
de Santarém, Paulo Maier, o chefe da Floresta
Nacional do Tapajós, Ângelo de Lima
Francisco, representantes das comunidades e das
instituições parceiras do Ibama que
atuam na Flona do Tapajós.
O chefe da Flona, Ângelo Francisco, comentou
que como destaque do seminário dois aspectos
tem que ser levados em conta. O primeiro é
a transformação político-social
ocorrida no Brasil nos últimos 30 anos, que
obrigou a mudança do enfoque do Ibama com
relação à gestão das
Unidades de Conservação, incluindo
as comunidades no processo participativo. O segundo
é a importância da produção
de conhecimento científico que ocorre atualmente
na Flona do Tapajós. Os eventos disseminam
esse conhecimento e informação, além
de dar transparência no que se fez nestes
30 anos”, comenta.
Ele entende que a análise do passado (referindo-se
aos 30 anos de existência da Flona) permite
uma avaliação do que foi bom e o que
foi ruim e com isso aponta prioridade para temas
latentes como: Sustentabilidade das Unidades de
Conservação; Estratégias de
comunicação e disseminação;
e O papel social de uma Floresta Nacional. “Ela
cumpre seu objetivo para com a sociedade? Trás
benefícios à comunidade? Apresenta
retorno social?”, pergunta Ângelo Francisco.
Segundo ele, é a resposta a estes questionamentos
que vão abrir o espaço para a análise
de perspectivas futuras para a sustentabilidade
das florestas nacionais.
Ao final da solenidade foi lançado um CD
com músicas compostas por comunitários
da Flona do Tapajós, apresentadas pelo violonista
de renome internacional, Sebastião Tapajós
e o livro Desafios, resultados, ameaças e
oportunidades em uma Unidade de Conservação
na Amazônia: A Floresta Nacional do Tapajós.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom