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VITÓRIA-RÉGIA
MOSTRA BELEZA DE SUAS FLORES NO BOTÂNICO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Março de 2004
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O
esplendor de uma das mais belas plantas aquáticas,
a vitória-régia, que costumamos
associar com a floresta amazônica, poderá
ser apreciado nestes dias no Jardim Botânico
de São Paulo. Um dos dois exemplares
introduzidos em fevereiro passado, no espelho
d'água do espaço conhecido como
Jardim de Lineu, começou, esta semana,
a mostrar o primeiro botão, que mesmo
um pouco fechado, faz jus ao título
de “rainha-dos-lagos”.
Outros dois botões já estão
despontando, criando uma grande expectativa
no Instituto de Botânica, órgão
da Secretaria do Meio Ambiente do Estado,
que administra o Jardim Botânico. Mesmo
pesquisadores, com longos anos de vivência,
não disfarçam sua ansiedade
esperando a oportunidade de poder observar
de perto uma planta de clima tropical, com
temperatura e umidade diferentes do que ocorre
em São Paulo. |
O Jardim Botânico de São Paulo
se localiza na Avenida Miguel Stéfano,
3.031, no bairro da Água Funda, na
Zona Sul da Capital, permanecendo aberto ao
público de quarta a domingo, das 9
às 17 horas, com entrada R$ 2,00 (menores
de 10 anos e maiores de 65 anos não
pagam, estudantes pagam meia). Mais informações
pelo telefone 11-5073-6300, ramal 225.
Novo atrativo
A introdução
da vitória-régia no Jardim Botânico
de São Paulo “é mais uma iniciativa
para ampliar os atrativos deste espaço
de pesquisa e de lazer da sociedade paulistana”,
explicou Luiz Mauro Barbosa, diretor do Instituto
de Botânica. |
O
responsável pelo estudo, o engenheiro
agrônomo André Lacava Bailone,
membro do Instituto Brasileiro de Referência
Ambiental - IBRA, conta que a planta foi trazida
para o Jardim Botânico em um trabalho
de aclimatação da espécie
no Estado. Outros exemplares estão
sendo estudados em Ubatuba, Cabreúva
e Mairiporã.
As plantas foram doadas pelo IBRA e trazidas
de um viveiro de Corumbá, Mato Grosso
do Sul, em fevereiro deste ano. Para promover
a adaptação ao ambiente de São
Paulo, foi realizado um levantamento prévio
da temperatura e acidez da água. As
mudas foram plantadas em uma bolsa de lona
preenchida com lodo e depois |
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colocadas
no espelho d’água. “Seu tamanho é
proporcional à fertilidade do lodo
e, por isso, estamos avaliando este parâmetro”,
explica Bailone.
A pesquisa é uma parceria do IBRA com
o Instituto de Botânica, cujo primeiro
desafio é aclimatar a vitória-régia
no Jardim Botânico. A proposta desta
parceria é mais ampla, envolvendo o
Projeto “Conservação da biodiversidade
nas nascentes do histórico riacho do
Ipiranga” que, entre outras atividades, prevê
a reativação do hidrofitotério
e desenvolvimento de outras pesquisas da flora
aquática nesse espaço.
A vitória-régia
A vitória-régia,
cujo nome científico é Victoria
amazonica (Poepp.) J.E.Sowerby, é uma
planta aquática, cujas folhas e flores
flutuam na superfície da água.
Pertencente à família das ninfeáceas
(Nymphaeacea), ocorre |
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naturalmente
na região amazônica, sendo encontrada
também nas Guianas Inglesas, Bolívia
e Pantanal Matogrossense.
Suas folhas de formato circular chegam a medir
até 2,50 m de diâmetro e suportam
um peso de até 40 quilos. As flores,
quando desabrocham, são brancas, adquirindo
uma coloração rosa no dia seguinte
e ganhando uma tonalidade avermelhada depois
de polinizada.
É uma planta perene e floresce o ano
todo. Fora do ambiente natural, a floração
ocorre apenas uma vez por ano. A pesquisa
que está sendo conduzida com esses
exemplares tem a finalidade de desenvolver
técnicas que permitam a aclimatação
da espécie em climas
mais amenos que o da floresta amazônica.
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Outros estudos
abordam o desenvolvimento e a reprodução
da vitória-régia para a conservação
da espécie e uso na ornamentação.
A polinização, nas condições
do Jardim Botânico, será feito de forma
artificial coletando-se as sementes para introdução
no lago no ano seguinte.
Fonte: SMA – Secretaria
Estadual do Meio Ambiente de São Paulo ( www.ambiente.sp.gov.br)
Carolina De Leon
Foto: SMA
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