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IBAMA LIBERA
PRIMEIRA PESQUISA COM TRANSGÊNICO
PARA EMPRESA PRIVADA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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O Ibama liberou
hoje a licença para pesquisa em campo para
milho transgênico, solicitada pela Dow Agrosciences.
É a primeira licença de pesquisa de
campo com organismos geneticamente modificados concedida
a empresa privada no Brasil. O milho transgênico
que a empresa pesquisa é resistente a mariposas
e lagartas, consideradas pragas na agricultura,
em especial a lagarta do cartucho do milho.
Na terça-feira, o Ibama concedeu à
Embrapa licença para pesquisa de campo com
batata geneticamente modificada para resistir ao
PVY, um vírus que reduz a produtividade da
lavoura. Desde 1994 a Embrapa vem trabalhando no
projeto produção de clones de batata
resistentes. Dentre os vírus que infectam
a batata, o Potato virus Y (PVY) é hoje,
juntamente com o Potato leaf roll virus (PLRV),
o vírus de maior importância econômica.
Atualmente, a Embrapa Hortaliças, junto com
outras unidades da Empresa, universidades e institutos
de pesquisa, avalia o clone denominado 1P, que apresentou
alta resistência ao PVY.
Desde outubro de 2003, o Ibama concedeu quatro licenças
para pesquisas com OGMs, três para a Embrapa
e uma para a Dow Agrosciences. As outras pesquisas
da Embrapa são para desenvolver mamão
resistente ao vírus da mancha anelar e uma
espécie de feijão resistente ao vírus
do mosaico dourado.
Desde 2002, houve 37 pedidos de pesquisa de campo
com transgênicos, mas em seis casos as empresas
pediram cancelamento. Entre outubro e dezembro do
ano passado, foram expedidos termos de referência,
documento no qual se baseia o estudo de impacto
ambiental, para 28 pedidos e apenas oito respondidos
pelas empresas. Além das quatro licenças
concedidas, outros quatro pedidos estão em
fase final de tramitação.
Para obter licença de pesquisa o interessado
deverá consultar e informar o Ibama sobre
seu interesse, encaminhando as informações
gerais e descrição da atividade. A
partir dessa consulta, o Ibama solicita a apresentação
do projeto e realiza vistoria técnica no
local onde será realizada a pesquisa e elabora
um termo de referência. Com base neste termo
a empresa realiza um estudo de impacto ambiental.
De acordo com a resolução 305/02 do
Conama, o Ibama tem prazo de até 60 dias
após a entrega do estudo para decidir sobre
a concessão da licença.
As instituições que pretendem realizar
pesquisa com OGMs no país deverão
obter o Certificado de Qualidade em Biossegurança
(CQB) e o Parecer Técnico Prévio Conclusivo
da CTNBio favorável para cada projeto de
pesquisa de campo. A Resolução 305
do Conama estabelece, ainda, a necessidade do registro
da instalação e operação
de laboratório, biotério e casa de
vegetação para fins de pesquisa em
regime de confinamento (pesquisa em contenção)
com OGM.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom