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IBAMA QUER
RECOLHER EMBALAGENS DE PRODUTOS COM AGROTÓXICOS
PARA EVITAR CONTAMINAÇÕES
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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A agricultura brasileira
gera por ano 105 milhões de embalagens vazias
de agrotóxicos, que resultam em 23 mil toneladas
de sacos ou galões. Para evitar contaminações
do ser humano e do meio ambiente, está sendo
estruturada no País uma rede com Unidades
de recebimento (UR), que somam atualmente 65 postos
de coleta e 89 centrais de prensagem e amarração
dos fardos resultantes da coleta dos recipientes
descartados. De acordo com Antônio Carneiro
Barbosa, técnico consultor do Setor de agrotóxicos,
na diretoria de Licenciamento e qualidade ambiental
do Ibama, até o final deste ano a previsão
é de que 50% deste material esteja sendo
recolhido totalmente. “Até 2006, teremos
400 URs e acontecerá a totalidade de captura
deste material”. O que está sendo feito agora
e o projeto futuro tornam o brasil referência
mundial nesta área. “Muitos já estão
copiando o nosso programa’, completa.
Antônio Carneiro Barbosa lembra que o trabalho
é facilitado pela Lei 9.974/2002 e pelo Decreto
4074/2002. “Isto obriga o agricultor a devolver
as embalagens nos locais da compra do agrotóxico.
O revendedor faz um check-list, conferindo o que
foi vendido e os recipientes devolvidos. Depois
disso manda para os postos ou centrais de recolhimento”.
O próximo passo é a remessa para o
Instituto nacional de processamento de Embalagens
Vazias –Inbev, que dará o destino final ao
material recolhido.
De acordo com o técnico do Ibama, as recomendações
aos agricultores é de que não reaproveitem,
queimem ou enterrem o material na propriedade, que
contamina o solo e os mananciais de água.
“alguns recipientes, como galões, são
atrativos para o armazenamento de leite, água
ou outras bebidas. O resultado disso pode ser uma
tragédia”, adverte Antônio Barbosa.
Para evitar esta má utilização,
o técnico do Ibama recomenda que, no caso
dos galões, sejam feitos furos no fundo,
para impedir o reaproveitamento.
Fonte: Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Adriano Gaieski