IBAMA REINTRODUZ ARARAS-AZUIS-DE-LEAR NO SERTÃO DA BAHIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004

O Ibama devolverá esta semana à natureza dois filhotes de arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), espécie endêmica da Caatinga baiana, tida como uma das aves mais ameaçadas do Planeta. Existem apenas cerca de quinhentos indivíduos dessa espécie livres no meio ambiente. O local da reintrodução será a fazenda Serra Branca, a cerca de cinqüenta quilômetros do município de Jeremoabo, no norte do estado. Essa é a principal área de ocorrência da espécie na região. Os filhotes foram encontrados há pouco mais de um ano e meio próximo aos paredões de arenito onde as araras fazem seus ninhos.
A reabilitação dos filhotes foi realizada pelos biólogos do Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação das Aves Silvestres – Cemave/Ibama. Nesse período, as aves foram acomodadas em gaiolões instalados no ambiente natural das araras para possibilitar algum tipo de contato com a paisagem, os predadores e indivíduos da mesma espécie.
A alimentação das aves foi adaptada para se assemelhar àquela encontrada pelas araras selvagens na Caatinga. Inicialmente, a comida oferecida era feita a base de uma pasta de licurí, coco nativo que representa a principal fonte alimentar das araras-azuis-de-lear no sertão. Aos poucos, os filhotes foram sendo estimulados a romper os cocos até terem autonomia na obtenção do alimento. No final do ano passado, os filhotes já apresentavam destreza no trato com o licurí.
Nas gaiolas, as aves também tiveram contato com o ambiente que deverão integrar após a reintrodução. Elas ouviam os chamados e viam as outras araras à volta. Isso facilitou o desenvolvimento da vocalização dos filhotes e dará melhores condições de socialização. A expectativa dos especialistas é que, após a soltura, os filhotes sejam aceitos pelos grupos de araras-azuis que já vivem na região e possam compor a população nativa.

A reintrodução

A coordenadora da operação de reintrodução das aves na natureza, Yara de Melo Barros, explica que o método escolhido pelo Ibama já foi testado com sucesso em aves ameaçadas de outras espécies e segue critérios científicos da União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN, na sigla em inglês. Entre as espécies que foram reintroduzidas com base no método denominado “soft release” está a Primolius maracana, psitacídeo conhecido como maracanã.
Os filhotes serão reintroduzidos um a um em dias alternados ao longo de uma semana. O período escolhido para a soltura obedece àquilo que os especialistas chamam de “recrutamento” da espécie, ou seja, o período em que os filhotes começam a integrar os bandos selvagens. Até que isso ocorra, os dois filhotes serão monitorados diariamente e receberão alimentação suplementar até que se habituem a buscar comida por conta própria.
A metodologia segue três linhas gerais: o acompanhamento pós-soltura para checagem da adaptação das aves ao ambiente natural; a adaptação alimentar completa e o pareamento e reprodução das aves. Para facilitar a futura identificação das duas aves, sobretudo em caso de tráfico, elas receberam microchips eletrônicos e anilhas de metal. Os filhotes deverão ser monitorados pela equipe técnica e fiscais do Ibama durante a readaptação.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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