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POLÍTICA
PARA AMAZÔNIA SERÁ INTEGRADA
E DESMATAMENTOS NA REGIÃO DEVEM DIMINUIR,
AFIRMA MINISTROS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2004
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Durante reunião
da Comissão Permanente da Amazônia
nesta terça-feira (25) a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, destacou reiteradamente
a intenção do governo federal em promover
o desenvolvimento integrado da Amazônia. Em
resposta a questionamentos feitos por senadores,
Marina Silva marcou este como o principal objetivo
para a região e que deverá ser implementado
com a instituição do Programa Amazônia
Sustentável (PAS). Na ocasião, ela
e o ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, falaram sobre a necessidade da diminuição
do desmatamento na região e do equilíbrio
econômico e ecológico.
Com a iniciativa de organizar de maneira harmônica
o PAS integrando, por exemplo, as novas posturas
do Ibama, da Superintendência da Zona Franca
de Manaus (Suframa), além de ações
do ministério do Meio Ambiente, a ministra
disse esperar que as estatísticas de desmatamento
da região diminuam. No encerramento da reunião,
a ministra Marina Silva entregou ao presidente da
comissão, senador Jefferson Peres (PDT-AM),
o plano de combate ao desmatamento preparado pelo
governo e algumas propostas de leis a serem examinadas
pelos parlamentares.
- O grande esforço é criar um programa
que leve a cada um dos estados o desenvolvimento
sustentável real. Poderemos assim diminuir
o ritmo do desmatamento. Mas o que quero mesmo é
ver a curva do desmatamento começar a declinar.
Os resultados nesse sentido serão um esforço
não só do governo federal, mas também
dos governos estaduais e do Congresso Nacional -
disse a senadora, em resposta a comentários
do senador Sibá Machado (PT-AC).
Marina pretende que a diminuição do
desmatamento seja uma vitória para a “nação
brasileira que se envergonha a cada ritual macabro
de anúncio do desmatamento da região”,
afirmou. O senador Jefferson Péres contou
que sua principal preocupação é
que continue havendo programas fragmentados para
o desenvolvimento da Amazônia e lembrou que
há anos defende integração
na promoção do desenvolvimento regional.
Jefferson espera que o PAS garanta essa harmonia
nas ações governamentais.
O ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, disse que o grande objetivo do governo
é chegar a um modelo ideal para desenvolver
a Amazônia de maneira sustentável.
Em resposta a questionamentos do senador João
Capiberibe (PSB-AP), afirmou que um bom zoneamento
econômico-ecológico será a forma
de solucionar sérios problemas ecológicos
da região.
Também em resposta a Capiberibe, Marina Silva
afirmou que plantação de soja na Amazônia
se dá com um altíssimo custo ambiental
e social. Primeiro a região é desflorestada
para retirada de madeira, em seguida é usada
para criação de gado e só depois
vem a plantação de soja, explicou
a ministra. “Estamos pondo um freio nesse processo”,
disse Marina. Capiberibe externou seu temor em ver
“a Amazônia transformada em plantação
de soja para alimentar as vacas européias”.
O senador Siba Machado sugeriu a criação
de uma rede de produção energética
-utilizando o potencial hidroelétrico da
Amazônia - interligando todos os estados da
região. O senador João Ribeiro (PFL-TO)
pediu a inclusão do Tocantins no PAS e lembrou
a importância do setor agrícola para
a geração de empregos no país.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) defendeu
a construção do gasoduto ligando Manaus
a Porto Velho. Virgílio acredita que a medida
trará até ganhos ecológicos
para a região porque promoverá a troca
da matriz energética. Virgílio lembrou
a importância de descobrir a forma de conseguir
o desenvolvimento máximo possível
para a região sem “matar a galinha dos ovos
de ouro”, ou seja, prejudicando o mínimo
o meio ambiente.
A senadora Ana Julia Carepa (PT-PA) afirmou que
a Amazônia é solução
para o Brasil e não problema e o senador
Valdir Raupp (PMDB-RO) pediu velocidade na recriação
da Superintendência do Desenvolvimento da
Amazônia (Sudam). Sobre a volta da Sudam,
Ciro Gomes acredita que só vale a pena recriar
o órgão se houver uma estrutura sólida
de recursos para sua manutenção. O
ministro afirmou não ter certeza se a situação
do país garantirá esses recursos necessários.
Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Eduardo Azeredo
(PSDB-MG) cumprimentaram os ministros por sua atuação.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa