AMBIENTALISTAS ACOMPANHAM NASCIMENTO DE UM PEIXE- BOI Panorama Ambiental Brasília (DF) – Brasil Fevereiro de 2005

Após anos de monitoramento, que é executado através de um Projeto mantido pelo IBAMA, técnicos do órgão, pescadores e a comunidade, puderam acompanhar de perto o nascimento de um peixe-boi. O parto ocorreu na última terça-feira (01.02), às 8 horas da manhã, no município Cajueiro da Praia, no litoral piauiense.
Segundo informações dos técnicos do Projeto Peixe-boi, o parto aconteceu a uma distância de cinco metros da linha de praia e eles foram informados por um dos colabores (pescador), acreditando que o animal estive encalhado. “É a primeira vez que o parto da espécie é acompanhado. É um registro inédito na história do Projeto Peixe-boi”, afirma o médico veterinário Magnus Severo, responsável pelo Projeto no Piauí.
Para o médico veterinário, provavelmente seja a primeira cria daquela fêmea juvenil. “O filhote nasceu com aproximadamente 1,30 metro de comprimento e pesando em média 40 quilos”, informou Severo acrescentando que a mãe ficou auxiliando o bebê a respirar por cerca de três horas. “Com o filho sobre as costas, a mãe subia a superfície da água e descia para o ensiná-lo a respirar. Em seguida, o bebê fez sua primeira refeição, mamando os seios da mãe”, comenta.
A placenta expelida durante o parto foi parar na areia da praia e recolhida pelo técnico do projeto, que a conservou em solução de formol a 10%, que será encaminhada a exames histológicos (estudos do tecido). Uma outra providência a ser tomada é evitar que as pessoas se aproximem, pois mãe e filho devem permanecer na área por algum tempo até o animal ter maturidade para nadar bem e ir mais longe.
Além disso, a equipe do Projeto Peixe-boi já mobilizou cerca de 30 pessoas, inclusive crianças, para que fazerem uma campanha de sensibilização e informação. A mensagem a ser passada é que os animais não devem ser perturbados, tocados e nem alimentados.

Mais sobre o projeto

O Projeto Peixe-boi completou 10 anos de criação em dezembro de 2004. No Piauí, o monitoramento é feito nas segundas, quartas e sextas-feiras, de 6 às 10 horas da manhã, numa torre a 1.500 metros de distância da beira da praia. Além disso, os técnicos contam com a colaboração significativa da população do município.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom