BR-163 CONTINUA BLOQUEADA POR MANIFESTANTES EM NOVO PROGRESSO (PA)

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005

04/02/2005 – Mesmo após encontro dos representantes do governo federal com o setor madeiro, a BR-163 continua bloqueada na altura do município de Novo Progresso, no Pará. Os manifestantes pedem a prorrogação do prazo para recadastramento das terras com mais de 100 hectares (leia matéria "Entenda as regras do Incra para o recadastramento").
Em entrevista à Radiobras, o prefeito de Novo Progresso, Tony Gonçalves (PPS), afirma que a situação do município piorou depois do encontro desta quinta-feira: "A situação piorou depois do acordo que foi feito em Brasília. A situação ficou mais tensa, porque para o município não tem nenhum documento dizendo que o pessoal vai vir aqui pra poder resolver, sentar e conversar com a população".
Tony Gonçalves critica a visão da imprensa de que os manifestantes seriam apenas madeireiros. "A solicitação não é de madeireiros, mas, sim, do produtor rural, do colono", defende. Nesta quinta-feira, o governo reavaliou a decisão de suspender todos os planos de manejo florestal da Amazônia Legal, mas decidiu manter o recadastramento dos proprietários de terra, seja de uso madeireiro ou agropecuário.
Após a reunião, o presidente do Sindicato da Indústria Madeireira do Sudoeste do Pará, Luiz Carlos Tremonte, disse que iria "tranqüilizar" o grupo que lidera o bloqueio da BR-163 (Cuiabá-Santarém) o mais rapidamente possível e garantir o fim do isolamento do município de Novo Progresso. O grupo que se reuniu no Ministério do Meio Ambiente não é o que lidera o protesto na região.
"Estamos com racionamento de energia e a comida está acabando. Estamos tentando conversar com o pessoal para, pelo menos abrirem para passar caminhões com diesel, mas eles não aceitam e dizem que se passar irão queimar os caminhões", relata o prefeito.
O vereador peemedebista e produtor rural, José Alves dos Santos, também pede diálogo com o governo federal para prorrogar o prazo de recadastramento. "A imprensa nacional está em cima dos madeireiros por que eles estão há mais tempo estão brigando pela liberação dos projetos de manejo de extração de madeira. Temos a informação de que foi feito um acordo com o representante dos madeireiros, mas nenhum representante dos posseiros aqui do município estava lá para expor o problema da portaria", afirma.
O bloqueio da rodovia entra no nono dia. Há riscos de desabastecimento e falta de energia, porque a usina termoelétrica da região não está recebendo óleo diesel.

Ibama e Incra discutem bloqueio da BR-163 por madeireiros

Representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Meio Ambiente discutiram hoje o bloqueio da rodovia BR-163, que liga Santarém (PA) a Cuiabá (MT).
Desde quarta-feira (26/1), a rodovia está bloqueada por manifestantes contrários a uma portaria do governo federal que trata do recadastramento de terras. A Associação da Indústria Madeireira de Santarém diz que o prazo estipulado é insuficiente – para terras com mais de 400 hectares, venceu ontem, 31 de janeiro.
O bloqueio de caminhões na estrada já ultrapassa 20 quilômetros, segundo manifestantes do Pará. A ação está prejudicando moradores da cidade Novo Progresso (PA), cujo prefeito, Tony Gonçalves, decretou estado de emergência e estipulou ponto facultativo até quarta-feira (3/2). Ele disse temer que a população se manifeste com violência: "Se brincar, vai virar um conflito de guerra armada."
A cidade corre o risco de ficar sem combustível, alimentos e até energia. "Está começando a faltar combustível, verdura não tem mais, está começando a faltar comida. Em breve, vai faltar energia, porque é gerada a óleo e depende da rodovia", explicou o prefeito.
Na segunda-feira (31/1), madeireiros tentaram fechar o Rio Amazonas mas foram impedidos pela Marinha. O presidente da Associação da Indústria Madeireira de Santarém, Audir Geovane Schimidt, disse que se as negociações com o governo não avançarem, os bloqueios vão se estender a outros locais da região.

Fonte: Agência Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Luthianna Hollenbach e Luciana Vasconcelos

 
 
 
 

 

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