BRASIL E ALEMANHA: PARCERIA NO BIODIESEL E ETANOL Panorama Ambiental Brasília (DF) – Brasil Fevereiro de 2005

25/02/2005 - Os governos brasileiro e alemão, reunidos nesta semana, em Nuremberg, deram um importante passo para firmar o Brasil como potencial fornecedor de biodiesel e álcool combustível para a Alemanha. Durante encontro da Comissão Mista Brasil-Alemanha sobre o tema Agronegócios, os dois países decidiram escolher duas cidades que servirão de projeto-piloto para o uso de etanol e biodiesel misturado à gasolina e ao diesel, respectivamente.

Segundo o secretário da Câmara de Comércio Exterior, Mário Mugnaini Jr, as cidades a serem escolhidas terão suas frotas (polícia ou Corpo de Bombeiros) convertidas para a mistura. O resultado desta experiência será fundamental para a assinatura de um acordo nesta área entre os dois países.

Mugnaini acredita que há um grande mercado a ser explorado uma vez que o governo alemão recentemente aprovou a adição de 2% de biodiesel ao diesel daquele país, podendo chegar a 5% no futuro, e há grandes chances de o produto vir a ser importado. “Hoje inclusive houve uma reunião importante entre o Inmetro e a ABNT e seus respectivos pares alemães para unificar os padrões do produto e adaptarmos nosso etanol ao mercado alemão, de modo a evitar futuras barreiras técnicas”.

Os alemães têm interesse também em visitar projetos existentes no Nordeste do Brasil de produção de biodiesel a partir da mamona. “Eles valorizam muito projetos que têm o objetivo de fixar o homem no campo”, explicou Mugnaini. Também foi discutida a possibilidade de financiamento da produção brasileira por parte do BNDES e a rede de distribuição a ser usada na Alemanha, que poderá se valer das cooperativas espalhadas por todo o País para o fornecimento do produto.

A reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha, com coordenação pelo lado brasileiro de Mugnaini, teve a presença de mais 30 representantes do setor privado brasileiro. Além dele, estiveram presentes como convidados especiais os ministros Roberto Rodrigues e Miguel Rossetto.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento (www.desenvolvimento.gov.br)
Assessoria de imprensa (Camila Manfredini)