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PROGRAMA DAS NAÇÕES
UNIDAS PROMOVE DEBATE SOBRE MERCADO DE CARBONO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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23/02/2005 Um workshop
sobre projetos de mecanismos de desenvolvimento
limpo (MDL) será realizado amanhã
(24) e sexta-feira (25), em Salvador (BA). Organizado
pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (Pnud), pelos governos do Canadá
e do estado da Bahia, com o apoio do Ministério
da Ciência e Tecnologia, o evento é
voltado para empresas, universidades, bancos e instituições
com interesse no mercado de carbono.
Sob o título Projetos de MDL de Pequena Escala,
o evento discutirá perspectivas de mercado
para projetos de MDL de pequena escala; perspectivas
institucionais; desenvolvimento local de projetos
e marcos legais do MDL; barreiras gerais e gargalos,
incluindo alternativas para minimizar custos de
transação dos projetos de pequena
escala e, ainda, a identificação de
setores potenciais para o desenvolvimento de projetos
de pequena escala no Brasil.
Mercado de Carbono
Com a entrada em
vigor do Protocolo de Quioto, no último dia
16, abriu-se uma nova expectativa em diversos segmentos
e setores empresariais que pretendem investir no
mercado de crédito de carbono, por meio do
MDL.
O MDL é um instrumento de mercado proposto
pelo Brasil à Convenção Quadro
das Nações Unidas de Mudanças
Globais do Clima, que acabou norteando o Protocolo
de Quioto, e permite a participação
de qualquer setor da economia que produza, direta
ou indiretamente, gases causadores de efeito estufa.
Nesse sentido, áreas como de aterros sanitários,
cogeração de bagaço de cana
e o tratamento de resíduos de suínocultura,
estão inclusos. Os projetos de MDL permitirão
a certificação de projetos de emissões
de redução nos países em desenvolvimento,
e a posterior venda dos créditos aos países
desenvolvidos como meio suplementar para cumprirem
suas metas.
A aprovação de projetos MDL no Brasil
é uma oportunidade para que o País
participe do esforço global do combate à
mudança do clima, captando recursos externos
e a transferência de tecnologia, que vão
permitir a implantação de projetos
de redução de emissões no País,
formação de recursos humanos e a geração
de novos e melhores empregos, com benefícios
ambientais e mais qualidade de vida.
Já existem dois projetos aprovados pela Comissão
Interministerial de Mudanças Globais do Clima
(autoridade nacional designada para efeitos do MDL)
em aterros sanitários, e mais quatro projetos
sendo analisados pela Comissão. O Projeto
Nova Gerar, de Nova Iguaçu (RJ) foi o primeiro
projeto aprovado internacionalmente pelo Conselho
Executivo do MDL, em Bonn, na Alemanha.
Fonte: MCT - Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (Rachel Mortari)