PESQUISADORES BRASILEIROS FAZEM MAPEAMENTO DO POTENCIAL DE ENERGIA SOLAR E EÓLICA DO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005

Os estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, além do Planalto Central e as regiões Sudeste e Sul são, nesta ordem, as áreas mais apropriadas para exploração da energia solar no Brasil. Os dados constam do Projeto Swera (sigla, em inglês, para Avaliação das Fontes de Energia Solar e Eólica), financiado pelo Programa do Meio Ambiente das Organizações das Nações Unidas (Unep-ONU).
O projeto, desenvolvido desde 2001 por pesquisadores brasileiros, consiste no mapeamento detalhado do potencial de energia solar e eólica (dos ventos) no país. O trabalho servirá de base para planejar investimentos e traçar políticas públicas de aproveitamento de energias renováveis.
"No dia menos ensolarado e mais nublado do ano, a incidência de radiação solar é de 3,6 quilowatts-hora (kWh) por metro quadrado por dia no Rio de Janeiro e de 4,5 kWh no Ceará. Na Alemanha, onde essa energia é mais usada, a incidência é de apenas 0,8 kWh por metro quadrado diariamente", afirma Stefan Krauter, presidente para a América Latina do Conselho Mundial de Energias Renováveis. Segundo ele, "a capacidade de geração de energia proveniente de fonte solar em um ano é 14 mil vezes maior do que o consumo energético mundial no mesmo período."
Atualmente, o principal entrave ao aproveitamento dessa fonte de energia é o alto custo da tecnologia utilizada. Para Martin Green, da Universidade de New South Wales, da Austrália, essa desvantagem só poderá ser superada com o tempo, pois a indústria ainda precisa se desenvolver. "A energia a carvão também era muito cara nos primeiros 50 anos de uso. Depois de décadas, se tornou barata", explica o acadêmico. Green acredita que, com o amadurecimento da indústria, a energia solar pode chegar aos mesmos patamares de utilização de combustível fósseis (petróleo, carvão e gás natural).
"Se usarmos mais o modelo fotovoltaico (de geração de energia solar), vamos impulsionar a indústria e, com isso, conseguir preços mais baixos", diz. De acordo com o especialista, o mercado conseguiu recentemente desenvolver um processo mais barato de geração de eletricidade a partir da energia solar que combina as fibras ótica e de vidro num material conhecido como filme fino. Pelas estimativas de Green, a energia solar responderá por 1% da eletricidade mundial em 2020, alcançando 10% em 2030 e 25% em 2040.
No caso da energia eólica, o Projeto Swera mostra que a faixa nobre para exploração desse tipo de fonte no Brasil é o litoral do Nordeste, onde a intensidade e direção do vento são constantes. O norte da Bahia e de Minas Gerais, o oeste de Pernambuco, o estado de Roraima e o Sul do país também são regiões propícias para a geração de energia a partir do vento.
Para desenvolver as fontes renováveis, Stefan Krauter, que também é professor e pesquisador da Universidade Estadual do Ceará, defende a criação de uma universidade internacional para estudo desse tipo de energia com apoio da Unesco. "O Nordeste do Brasil, em especial a cidade de Olinda, em Pernambuco, assim como o centro do Rio de Janeiro, são alguns dos locais mais indicados para a instalação desse centro de ensino", acredita. De acordo com Krauter, hoje, a indústria envolvida com fontes alternativas de energia cresce em média 20% ao ano e emprega cerca de 400 mil pessoas no mundo.
Com informações da Eletrobrás.

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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