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ALFABETIZAÇÃO
ECOLÓGICA CONSTITUI A BASE PARA A
SUSTENTABILIDADE
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2005
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14/03/2005
A jornalista e coordenadora geral do Instituto
Ecoar para a Cidadania, Miriam Duailib, e
a bióloga e professora Ellen Regina
Mayhé Nunes, da Pontifícia Universidade
Católica – PUC, do Rio Grande do Sul,
foram algumas das palestrantes do curso “Educação
Ambiental e suas abordagens: Alfabetização
Ecológica”, promovido na última
quinta-feira (10/3), pela Secretaria do Meio
Ambiente do Estado - SMA, no auditório
do Parque da Água Branca, na Capital. |
José Jorge
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As
apresentações fazem parte do
Ciclo de Cursos de Educação
Ambiental, que vem sendo organizado, pelo
terceiro ano consecutivo, pela Coordenadoria
de Planejamento Estratégico e Educação
Ambiental - CPLEA, da SMA. Este ano, os cursos
contam com o apoio da Secretaria Estadual
da Agricultura e Abastecimento e da empresa
Tetra Pak.
O próximo curso será no dia
17 de março, sobre o tema “Educação
Ambiental nas Empresas”. As palestras de Miriam
Duailib e de Ellen Regina Mayhé Nunes
deram destaque aos ideais propagados pelo
austríaco Fritjof Capra, físico,
ativista ambiental e místico, além
de fundador do Center for Ecoliteracy, uma
instituição com sede na Califórnia,
que forma agentes difusores dos conceitos
ecológicos defendidos pelo seu idealizador.
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Duailib iniciou
sua apresentação com uma frase do
ambientalista: “Uma sociedade sustentável
é projetada de tal maneira que seu modo de
vida, seus negócios, sua economia, suas estruturas
físicas, sua tecnologia não interfiram
com a inerente habilidade da natureza manter a teia
da vida”.
Segundo a palestrando, a alfabetização
ecológica tem dois componentes básicos,
que são o “conhecimento profundo” e o “conhecimento
tradicional” da ecologia, estendendo, no primeiro
caso, o conhecimento para muito além de sua
simples caracterização como uma sub-disciplina
da Biologia, situando-o mesmo no nível da
“administração do planeta Terra”,
e no segundo caso, abrangendo o conhecimento adquirido
pelas “populações tradicionais de
todo o planeta”.
Tudo isso, conforme explicou, para chegar ao conceito
de sustentabilidade, como a propriedade de uma rede
completa de relações: “Só seremos
sustentáveis à medida que todos forem”.
Ellen Regina, por sua vez, disse que a alfabetização
ecológica e a alfabetização
ambiental se complementam, esclarecendo que a primeira
diz respeito à relação entre
os seres vivos e o ambiente, e a segunda, às
relações sociais e naturais. Citando
também o autor Gunter Pauli, para ilustrar
suas teorias, afirmou que “a humanidade não
pode esperar que a Terra produza mais. A humanidade
deve fazer mais com o que a Terra produz".
Lembrando novamente Capra, disse que a sobrevivência
da humanidade dependerá da alfabetização
ecológica e da capacidade de compreender
os princípios básicos da ecologia
e viver de acordo com eles, a saber: interdependência,
reciclagem, parceria, flexibilidade e diversidade.
“A conseqüência de tudo isso será
a sustentabilidade”, explicou.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)
Foto: José Jorge
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