FBOMS FINALIZA E DIVULGA ESTUDO SOBRE SOJA E DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2005

24/03/2005 Trabalho reafirma relação direta e indireta entre as plantações e os índices de desmatamento no norte do Mato Grosso. Conclusões foram defendidas pelo ISA em polêmica travada com o Ipea na grande imprensa.
O Grupo de Trabalho de Florestas do Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS) apresentou, no último dia 17, as conclusões do estudo Relação entre cultivo de soja e desmatamento. O Instituto Socioambiental (ISA) fez parte do trabalho e ficou encarregado de realizar sobrevôos, no norte do Mato Grosso, analisar e comparar as imagens aéreas com outras imagens de satélites e com uma lista dos 65 maiores desmatamentos ilegais na região. A pesquisa comprovou a relação direta e indireta entre o aumento da área plantada com soja e o os desmatamentos.
Em meados de janeiro, causou grande polêmica na imprensa a divulgação dos resultados de um outro estudo sobre a soja, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), denominado Crescimento Agrícola no período 1999-2004, Explosão da Área Plantada com Soja e Meio Ambiente no Brasil. Os pesquisadores do governo não só apontaram que a soja não seria responsável por novos desmatamentos, como também chegaram a dizer que ela poderia contribuir para a preservação ambiental, sendo “amiga” da floresta amazônica (saiba mais).
Na época, já dispondo de conclusões preliminares do seu estudo, o ISA discordou do Ipea. O trabalho patrocinado pelo GT de Florestas revelou que as áreas de cerrado e de floresta de transição desmatadas nos últimos anos, no norte do Mato Grosso, foram convertidas para o cultivo da soja em tempo bem inferior – de um a dois anos – ao estipulado como limite pelos técnicos do Ipea, um período de quatro a cinco anos. Além disso, ficou provado que, ao ocupar antigas áreas degradadas de pasto, as plantações de soja também empurram a pecuária floresta adentro, ampliando os desmatamentos de forma indireta.
A elaboração da pesquisa aconteceu dentro do esforço empreendido pelo GT de Florestas, desde outubro de 2003, para tentar pactuar com o Ministério da Agricultura (MAPA) critérios ambientais para a comercialização e as políticas agrícolas do setor. O ministro Roberto Rodrigues admitiu em público, pela primeira vez, a correlação entre a sojicultura e os desmatamentos, no dia 20 de dezembro do ano passado, justamente durante a apresentação das conclusões preliminares do estudo (confira).
“A contribuição da sociedade civil para esse debate foi dada. Agora, o ministério tem de ser protagonista e ter vontade política para aprofundar as análises e buscar soluções para o problema”, comenta André Lima, coordenador da parte do estudo sob responsabilidade do ISA. Ele informa que, durante a reunião do dia 20 de dezembro, Rodrigues chegou a comprometer-se a modificar a estrutura administrativa de sua pasta, criando uma secretaria de Planejamento Estratégico para discutir e implementar alternativas para os sojicultores que levassem em conta os problemas ambientais. “Até hoje a nova secretaria não foi criada, mas precisamos retomar as conversas”.

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Oswaldo Braga de Souza)

 
 
 
 

 

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