 |
MINISTRO CIRO GOMES RECEBE
GREENPEACE E DECLARA APOIO PESSOAL À
CAMPANHA BRASIL NÃO É NUCLEAR
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
|
 |
29.03.2005
- O ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, recebeu em audiência, na
terça-feira, 29 de março de
2005, o diretor executivo do Greenpeace, Frank
Guggenheim, e o coordenador da campanha anti-nuclear
da organização, Sérgio
Dialetachi. O objetivo da visita dos representantes
do Greenpeace foi buscar o apoio dos Ministérios
e autarquias federais à Campanha O
Brasil Não É Nuclear, que visa
impedir a construção da usina
de Angra 3 e a retomada do programa nuclear
brasileiro. Ao ser questionado sobre sua posição
em relação à construção
de Angra 3, Ciro Gomes foi categórico:
“vocês têm em mim um aliado à
causa”, afirmou o ministro. |
O
Greenpeace tem visitado membros do Conselho
Nacional de Política Energética
(CNPE) e integrantes do primeiro escalão
do Governo Federal que têm poder de
influenciar na decisão do presidente
Lula quanto à retomada dos investimentos
no programa nuclear. Já foram realizados
encontros com o secretário de acompanhamento
econômico do Ministério da Fazenda,
o diretor geral da Agência Nacional
de Águas (ANA), a diretora de planejamento
territorial do Ministério do Planejamento
e líderes dos partidos na Câmara
dos Deputados. |
Há, ainda,
encontros agendados com o presidente do BNDES, Guido
Mantega, com o diretor geral do Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS) e com deputados
da Assembléia Legislativa do Estado do Rio
de Janeiro.
O governo brasileiro anunciou que pretende retomar
um antigo plano – construir a terceira usina nuclear
do país, Angra 3. Apesar de mais de 80% da
população brasileira ser contra o
projeto, as pressões por parte dos militares
e das grandes construtoras para a retomada do programa
nuclear, que inclui ainda projetos como o submarino
nuclear, a unidade de enriquecimento de urânio
e os quatro pequenos reatores na região Nordeste
do País, têm sido muito fortes.
Durante as visitas, o Greenpeace apresenta dados
econômicos, técnicos e sociais, além
de informações de mercado, que demonstram
que o Brasil está na contramão das
iniciativas de diversos países, que estão
reduzindo seus programas nucleares dado o imenso
risco que oferecem à população
e ao meio ambiente do planeta.
A tecnologia nuclear é perigosa, já
causou acidentes graves como os de Three-Mile Island
(EUA) e Chernobil (Ucrânia), com milhares
de mortes e seqüelas decorrentes. A utilização
desse tipo de tecnologia continua apresentando sérios
riscos para toda a humanidade. Reatores nucleares
e instalações complementares geram
grandes quantidades de lixo atômico que precisam
ficar sob vigilância por milhares de anos.
Não se conhecem técnicas definitivas
para lidar com o lixo nuclear gerado.
Os custos da energia nuclear são altíssimos,
muito maiores que os da hidreletricidade e os de
fontes renováveis, como a biomassa e a eólica.
A indústria nuclear afirma que, até
agora, já foram investidos US$1,2 bilhão
em Angra 3 e que são necessários mais
US$1,7 bilhão para o término da obra.
Estes números - que por si só já
são estratosféricos -, são,
no entanto, pequenos se compararmos aos custos reais
da implantação deste tipo de obra.
Estimativas oficiais dão conta que Angra
2 custou aproximadamente US$14 bilhões, se
forem considerados os custos financeiros relativos
ao acordo nuclear Brasil-Alemanha, do qual fez parte
aquela usina.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Fotos: Greenpeace
|
|
|
|