PELO MENOS 60% DO ECOSSISTEMA ESTÁ DEGRADADO OU É UTILIZADO DE FORMA INSUSTENTÁVEL, INDICA RELATÓRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005

30/03/2005 - Pelo menos 60% da água doce, da vida marinha, do solo e do clima no planeta registram um alto grau de degradação ou são usados de forma insustentável. Nos próximos anos, a tendência é o agravamento da situação, com prejuízos para a sobrevivência do homem. Os dados estão no relatório da Avaliação Ecossistêmica do Milênio, que foi apresentado nesta quarta-feira (30) pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na sede da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). O estudo afirma que ainda há tempo para mudanças e pretende ser um alerta às autoridades no desenvolvimento de políticas de preservação dos ecossistemas.
De acordo com Fernando Almeida, presidente executivo do CEBDS, essa é a mais importante avaliação já feita porque relaciona meio ambiente e economia. "O estudo trata de 24 serviços que são prestados pela natureza para o ser humano e para as empresas. Destes, 15 estão em processo avançado de degradação. Por exemplo, a pesca no mundo se reduziu profundamente e há escassez de água".
Segundo Almeida, os dois itens que mais preocupam estão ligados à mudança do clima e e acesso a nutrientes no mundo. "No caso do Brasil, ainda temos bastante acesso à água, de forma diferenciada nas regiões. Agora a questão do desmatamento, sem dúvida, é uma questão crucial", considerou. "Nesse ritmo de desmatamento, em algumas décadas, você terá não mais uma floresta exuberante, mas talvez um cerrado, uma parte desertificada, onde todas as características de perda para a sociedade existirão não só quanto à madeira, mas a perdas genéticas".
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcus Barros, o estudo é importante porque mostra caminhos para a execução de políticas públicas e conscientização do empresariado. "O estudo nos dá o indicativo: preserve a biodiversidade, numa idéia de que o desenvolvimento seja realmente sustentável. Há dados científicos e concretos para a diminuição do impacto no processo de desenvolvimento", disse.
Marcus Barros diz ainda que a população deve contribuir com a preservação. "Há dois anos e três meses estamos avançando muito em relação à Amazônia, no sentido de uma política de desenvolvimento com preservação. Isso reforça a política brasileira que se instalou há dois anos. Mas isso não é papel exclusivo do governo. À medida que se divulgam os impactos sobre o meio ambiente, a população também pode ajudar por meio de gestos mais simples como economizar água e fazer a destinação correta do lixo".
A Avaliação Ecossistêmica do Milênio começou a ser feita em 2001, por iniciativa do Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para contribuir para o alcance das Metas do Milênio. Pelo menos 1.300 especialistas de 95 países participaram voluntariamente do estudo, que tem dez mil páginas.
Definidas pelos países integrantes da ONU em 2000, as oito Metas do Milênio prevêem a melhoria das condições de vida em relação à educação, saúde, igualdade de gênero, desenvolvimento econômico e ambiental até 2015.

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Keite Camacho

 
 
 
 

 

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