ÍNDIOS: TI AWÁ É OUTRO GRANDE MOTIVO DE COMEMORAÇÃO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2005

20/04/2005 Depois de décadas de conflitos no papel e no chão, finalmente foi concluído o processo de reconhecimento dessa Terra Indígena no Maranhão. A despeito de estar invadida por centenas de posseiros e madeireiros, a terra dos Awá-Guajá tinha como principal antagonista a empresa Agropecuária Alto Turiaçu, que moveu uma série de ações judiciais contra sua demarcação reivindicando a posse de 37.980 hectares de um total de 118 mil.
A homologação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol tornou histórica esta “Semana do Índio”. Mas esse importante final para o movimento indígena não deve tirar o brilho de outra monumental canetada do presidente Lula ontem, 19/4: a homologação da TI Awá, no Maranhão, ao cabo de uma trama menos noticiada, mas bastante conflituosa.
Povo de contato intermitente com a sociedade não-indígena, com um modo de vida despojado e de extrema mobilidade, os Awá-Guajá há pelo menos 50 anos vinham sofrendo as conseqüências do desmatamento e da invasão de suas terras por mais de 200 ocupações de não-indígenas. Lavradores piauienses, maranhenses e de outros estados do Nordeste, expulsos de suas terras, subiram o rio em direção à região. Do sul vieram os fazendeiros de Goiás e Minas Gerais. Os madeireiros, de toda parte, além da poderosa Agropecuária Alto Turiaçu. E, cortando todo o território, a rodovia BR-222, ligando Santa Inês a Imperatriz, e a Ferrovia Carajás do projeto Grande Carajás da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Ambas trouxeram novas condições para a ocupação da região, aumentando o número de fazendas e povoados.
O antropólogo Mércio Gomes, hoje presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi quem propôs a demarcação de uma área exclusiva para os grupos Guajá. Os primeiros estudos são de 1985. Clique aqui para saber mais sobre a história dessa TI.
Além da vitória que representa para os Guajá, a homologação da TI configura mais um mosaico de áreas protegidas no mapa do Brasil, já que ela estrategicamente faz a ligação entre as TIs contíguas Alto Turiaçu (dos Kaapor, com 530 mil hectares), Caru (dos Guajajara, com 172 mil hectares) e a Reserva Biológia Gurupi (de 341 mil hectares). Pela mobilidade que caracteriza seu modo de ocupação, os Guajá circulam por todas essas áreas.

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa (Uirá Felipe Garcia e Valéria Macedo)

 
 
 
 

 

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