CASTANHA-DO-BRASIL:
UMA ALTERNATIVA DE REFLORESTAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005

(29/04/2005) A incorporação de tecnologia ao perfil dos produtores da agricultura familiar poderá ser realizado de acordo com as características diferenciadas por região, considerando as culturas e nicho de mercado onde estes estão inseridos. Na região amazônica, considerando as questões ecológicas e ambientais. A castanha-do-brasil é uma alternativa de preservação do meio ambiente podendo ser utilizada como madeira e, o fruto para o aproveitamento de doces, bolos, óleos.

Embrapa/Divulgação
O fruto, conhecido como ouriço, é utilizado como combustível ou na confecção de objetos, mas o maior valor é a amêndoa, alimento rico em proteínas, lipídios e vitaminas podendo ser consumida ou usada para extração de óleo. Do resíduo obtém-se torta ou farelo usada como misturas em farinhas ou rações e, o leite possui valor na culinária regional. Por ser uma árvore protegida por lei e ainda não existir plantios significativos seu fruto tem elevado valor econômico como produto extrativo florestal.

É considerado um dos produtos mais completos e ricos em termos nutricionais, sendo excelente fonte de proteínas, vitaminas e minerais, que auxiliam desde o desenvolvimento do organismo até a prevenção de doenças do coração e de câncer. Seu valor protéico é tão significativo que é também chamada como "carne vegetal". Além disso, a madeira da castanheira é indicada para construção civil interna leve, tábuas para assoalhos e paredes, painéis decorativos, forros, fabricação de compensados, embalagens.
A madeira é moderadamente pesada, macia ao corte, textura média, grã direita, superfície sem brilho e lisa ao tato, de boa resistência ao ataque de organismos xilófagos. Pode também ser considerada como boa fonte de celulose. Atualmente, a exploração de exemplares nativos é proibida por lei, mas o que não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento tanto em plantios puros quanto em sistemas consorciados.
As castanhas ou sementes são muito apreciadas para consumo, sendo internacionalmente conhecidas, constituindo um dos principais produtos de exportação da Amazônia. A castanha-do-brasil é excelente opção para o reflorestamento de áreas com solos de baixa fertilidade, ao lado de outras espécies florestais e nos sistemas agroflorestais.
Hoje em dia, a exploração de exemplares nativos é proibida pelo Decreto n 1282 de 19/10/ 1994 que não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento, plantios puros e em sistemas consorciados, lembra a pesquisadora, Marilia Locatelli, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Rondônia. A espécie ocorre na Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia e Guianas, mas no Brasil existe em maior número e formações compactas, nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Amapá e Roraima.
A castanha-do-Brasil no estado de Rondônia apresenta floração nos meses de outubro a dezembro, e frutificação de outubro a março, prevendo uma rotação de 25 anos, segundo dados do experimento instalado há 18 anos no Campo Experimental da Embrapa em Machadinho d´Oeste/RO.
A árvore é de grande porte podendo atingir até 50 m de altura e 2 m de diâmetro na base, mas ainda não existem plantios significativos da castanheira. Marilia Locatelli adverte que com relação à aquisição de sementes os produtores devem ter o cuidado de observar se as sementes são oriundas de árvores sadias e de alta produtividade.
Com relação à colheita e processamento observar o controlar da aflatoxina, que ocorre se os frutos ficarem muito tempo amontoados ao pé da castanheira aguardando transporte. A União Européia, maior importador de castanhas brasileiras, estabelece limites máximos de tolerância de presença da toxina que variam de 0,05 partes por bilhão (ppb) a 5 ppb.
A Pesquisadora da Embrapa Rondônia ressalta que a castanha somente poderá ocupar um local de destaque na pauta de exportações e de mercado interno a partir do momento em que houver uma política de estímulo destinada ao produtor extrativista, mantendo o homem na floresta e aumentando a produção.
Com relação à exportação, os produtores devem estar atentos às exigências do mercado externo. Existe no Brasil a Instrução Normativa nº 12, que estabelece a obrigatoriedade da emissão do Certificado Sanitário específico para o controle de contaminantes para a exportação de castanha-do-brasil, e a Instrução Normativa nº 13 que estabelece, através de Regulamentos Técnicos, os critérios a serem adotados para certificar a castanha para exportação.
De acordo com dados da Companhia Nacional Brasileira, CONAB, em 2004 foram exportadas 13 mil 106 toneladas, totalizando um valor de 21. 626 milhões de dólares, sendo que apenas em janeiro de 2005 foram exportados 824 toneladas, rendendo um milhão de dólares ao Brasil. Os principais consumidores de castanha-do-brasil estão nos Estados Unidos e Europa - Reino Unido, Alemanha e Itália.
Outras informações sobre produção de mudas, plantio e crescimento da castanha-do-Brasil podem ser obtidas na Embrapa Rondônia, pelo telefone (69) 225-9387 ou pelo e-mail sac@cpafro.embrapa.br. Dados sobre o sistema da produção da espécie também estão disponíveis no site www.cpafro.embrapa.br .

Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Daniela Garcia Collares)
Foto: Embrapa/Divulgação

 
 
 
 

 

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