MAIORES CONSUMIDORES DE MADEIRA AMAZÔNICA RESTRINGEM CONSUMO ILEGAL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2005

05.06.2005 - No Dia Mundial do Meio Ambiente, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), deram uma importante contribuição à Amazônia, editando decretos de lei que restringem o consumo de madeira ilegal nas licitações realizadas pelo governo do Estado e pela prefeitura. O prefeito José Serra também formalizou adesão ao programa “Cidade Amiga da Amazônia” (1), do Greenpeace. A solenidade foi realizada no Parque Ecológico do Tietê.
“Após uma série de más notícias, como o cruel assassinato da Irmã Dorothy Stang e os elevados índices de

desmatamento, hoje demos um grande passo para proteger a Amazônia”, comemora Rebeca Lerer, do Greenpeace. “O governo do Estado e a prefeitura de São Paulo estão entre os maiores consumidores de madeira amazônica do mundo. A partir do momento em que o poder público passa a controlar as compras de madeira utilizadas em obras públicas, os fornecedores privados são obrigados a se adequar. Quem trabalha com madeira de origem criminosa vai perder uma enorme fatia de mercado. E quem trabalha dentro da lei e respeita o meio ambiente terá evidentes benefícios comerciais”.

Cerca de 15% de toda a madeira extraída na Amazônia em 2004 teve como destino o mercado paulista. Este volume é três vezes maior do que o total exportado para os Estados Unidos - o principal importador de madeira amazônica - no mesmo período.
De acordo com dados divulgados em maio pelo governo federal, 26.130 km2 de floresta foram desmatados entre 2003 e 2004 – mais de 70% sem qualquer tipo de autorização, ou seja, ilegalmente. Destas áreas, são extraídos grandes volumes de madeira utilizada na construção de escolas, prédios públicos, postos de saúde e obras de infra-estrutura.

Os decretos editados hoje pela prefeitura e pelo governo do Estado de São Paulo contemplam apenas a questão da legalidade da madeira. De acordo com o termo de compromisso firmado pela prefeitura com o Greenpeace, assim que o sistema federal de monitoramento e controle da madeira for aprimorado, a capital paulista exigirá madeira produzida exclusivamente em Planos de Manejo Florestal Sustentável – eliminando a madeira proveniente de desmatamento, mesmo que autorizado. “Este compromisso é vital, já que vai estimular o setor madeireiro a manejar a floresta – ou seja, explorar madeira de forma seletiva e com baixo impacto ambiental, em vez de promover e se aproveitar do desmatamento”, diz Rebeca. O governo do Estado de São Paulo ainda não assumiu este compromisso.

O governo federal, através do Ibama, é responsável pelo sistema de monitoramento e controle do fluxo da madeira no País. “É fundamental que este sistema permita que a madeira proveniente de Planos de Manejo Florestal Sustentável seja identificada com precisão”, explica Rebeca.
O programa “Cidade Amiga da Amazônia”, que já está sendo implementado em uma dezena de municípios, incentiva prefeituras brasileiras a adotarem políticas de consumo consciente, evitando a compra de madeira de origem criminosa nas licitações.

NOTAS

(1) Para tornar-se uma “Cidade Amiga da Amazônia”, as administrações devem formular leis municipais que exijam critérios em qualquer compra ou contratação de serviço que utilize madeira produzida na Amazônia, incluindo a proibição do consumo de mogno, uma espécie ameaçada de extinção e a exigência de provas da cadeia de custódia que identifiquem a origem legal e sustentável da madeira.

(2) No Estado de São Paulo, os municípios de Piracicaba, Botucatu, São Manuel e Conchas já aprovaram leis em defesa da floresta. Outros cinco municípios paulistas - Sorocaba, São José dos Campos, Campinas, São Carlos e Barueri – já aderiram formalmente ao programa. Manaus (AM) é a primeira cidade da Amazônia a assinar o termo de compromisso do programa. O “Cidade Amiga da Amazônia” também já foi lançado em Porto Alegre (RS), Macapá (AP) e Guarulhos (SP) e está em fase de negociação no Rio de Janeiro (RJ).


Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace

 
 
 
 

 

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