ONU: POBREZA, MEIO AMBIENTE
E ENSINO UNIVERSAL SÃO PRINCIPAIS
PROBLEMAS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
17/06/2005 – Quinze
dos 24 países da América Latina e
do Caribe já conseguiram diminuir a desnutrição
e a região avançou no combate à
fome, na melhoria de acesso à água
potável e na equidade de gêneros na
educação, mas continua atrasada na
redução da pobreza extrema, na universalização
do ensino fundamental e na preservação
ambiental.
Essas são conclusões do documento
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: um
olhar da América Latina e do Caribe, lançado
ontem (16) no Brasil. Elaborado por 12 agências
da Organização das Nações
Unidas (ONU), com coordenação da Comissão
Econômica para América Latina (Cepal),
a publicação avalia os avanços
e retrocesos da região rumo ao alcance dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
O relatório aponta que a média de
mortalidade entre crianças menores de 5 anos
foi reduzida na América Latina e Caribe de
56 mortes para cada mil nascidas vivas para 33,
desde 11000 a 2003. Entre os menores de um ano também
ouve redução de 43 para 25 mortes.
No que diz respeito ao meio ambiente a situação
é descrita como preocupante. "É
particularmente preocupante a perda de matas e da
biodiversidade, a poluição do ar e
o crescimento das favelas na cidade", aponta
o relatório.
"O crescimento econômico é fundamental
para que se avance na política social",
afirma a secretaria executiva da Cepal, Alicia Barcea.
Ela ressalta que essa é uma estimativa média
já que os países da América
Latina e Caribe tem diferenças econômicas
e sociais que determinam crescimentos distintos.
"Porém, esse crescimento deve vir acomapanhado
de distruibuição de renda. A secretaria
executiva da Cepal afirma que melhorar as condições
sociais da região passa por fatores como
investir em infra-estrutura e estabelecer um pacto
de coesão social entre os países para
que se empenhem no alcance da metas. Ela destaca
que para o desenvolvimento social também
são importantes questões que não
estão no foco dos ODM. "Há aspectos
que não são contemplados pelos ODM
e que no entanto são importantes para o desenvolvimento
da região como o emprego e a estabilidade
democrática".
Os ODM foram adotados em 2000 pelos governos de
189 países, incluindo o Brasil, como um compromisso
para diminuir a desigualdade e melhorar o desenvolvimento
humano no mundo. Os oito objetivos propostos que
devem ser cumpridos até 2015 são:
erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o
ensino básico universal; promover a igualdade
entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir
a mortalidade infantil; melhorar a saúde
materna; combater o HIV/Aids, a malária e
outras doenças; garantir a sustentabilidade
ambiental e estabelecer uma parceria mundial para
o desenvolvimento.