SANTUÁRIO DE BALEIAS GANHA MAIORIA DE VOTOS, MAS CIB NÃO APROVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005

Ulsan, Coréia do Sul, 22/06/2005 - O Brasil conseguiu novamente uma maioria de países a favor da criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, mas as normas arcaicas da Comissão Internacional da Baleia (CIB), criada em 1946, exigem ¾ dos países votantes para a implementação de santuários e a proposta não será implementada neste ano. Mesmo assim, a votação, de 29 países a favor e 26 contra com duas abstenções, foi comemorada pela delegação brasileira na CIB, que vê na maioria uma vitória política a mais contra a volta da caça à baleia no Atlântico.

"É só olhar para as listas de países a favor e contra a proposta para entender o que está se passando na CIB", disse o Coordenador do Projeto Baleia Franca e integrante da delegação brasileira, José Truda Palazzo Júnior. "Apoiando o Brasil, estavam a Argentina, África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e quase todos os países europeus. Contra a proposta, estavam Japão, Nauru, Kiribati, Tuvalu, Gabão... francamente, é de doer", acrescentou Truda, vice-comissário do Brasil, referindo-se ao grupo de países pejorativamente chamados de "puppets" (marionetes) na CIB por terem sido recrutados pelo Japão para votar a favor da caça à baleia, em troca de auxílio financeiro.

Mesmo trazendo novos países-satélites este ano, o Japão ainda não conseguiu a maioria simples na CIB que lhe permitiria dominar os trabalhos da Comissão. Não apenas a proposta brasileira de Santuário recebeu maioria de votos, mas também a proposta japonesa de abolir o Santuário Antártico, já existente, foi derrotada por margem similar de votação.

Uma das piores derrotas para o Japão ocorreu na discussão sobre a chamada "caça científica" que aquele país pratica usando de um subterfúgio previsto no tratado de 1946. O Brasil, apoiado por vários outros países, acusou diretamente o Japão de abusar da Ciência ao promover uma matança com interesses claramente comerciais e políticos. Uma resolução co-patrocinada por Brasil, Austrália, Argentina e 22 outros países acabou aprovada condenando a matança japonesa e exigindo sua cessação imediata.

Segundo Truda, "o importante para o Brasil é deixar claro que, para nós e outros países, na região a volta da caça à baleia é inaceitável, e nossa opção é pelo uso não-letal desses animais, através do ecoturismo e da verdadeira pesquisa científica. É obrigação da CIB respeitar esse regime de manejo não-letal e manter os baleeiros longe daqui".

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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