MINISTÉRIO DA DEFESA TAMBÉM QUESTIONA TRANSGÊNICOS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Agosto de 2005

O Departamento de Saúde e Assistência Social do Ministério da Defesa - que tem assento no Conselho Nacional de Biossegurança - recomendou novas avaliações de riscos para o milho transgênico MON 863, da Monsanto, que, segundo estudo da própria empresa, causou anormalidades em órgãos internos e alterações no sangue de ratos de laboratório.

A nota, que conclui pela necessidade da “repetição do experimento, em laboratório nacional de forma que os atores governamentais possam avaliar com maior segurança a viabilidade da aquisição do milho MON 863”, vem em resposta ao pedido de suspensão das importações feito no início de junho por 15 organizações da sociedade civil.

A importação de cinco variedades de milho da Argentina para consumo animal foi autorizada pela CTNBio, que após a medida deixou de funcionar e agora aguarda a regulamentação da Lei de Biossegurança para ser reformulada. O MON 863 não está nessa lista.

Muito milho da Argentina já entrou no País desde que foi publicada a autorização da CTNBio. O setor de estatísticas do Porto de Recife informou que entre maio e junho deste ano entraram mais de 52 mil toneladas de milho transgênico argentino.

Dezenas de variedades de milho transgênico foram liberadas na Argentina, entre elas a MON 863 e híbridos resultantes de seu cruzamento com outras variedades. Não há segregação do milho que sai da Argentina. O Ibama entrou com recurso solicitando a suspensão imediata da decisão da CTNBio e o Ministério do Meio Ambiente também se posicionou favoravelmente à solicitação das entidades.

Preocupações - As revelações do estudo que a Monsanto mantinha em sigilo levantaram preocupações em vários países. O professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, e membro da Comissão de Genética Biomolecular daquele país, revisou o estudo da Monsanto e concluiu que “o milho transgênico não poderia ser liberado para consumo humano nem animal” e que “um experimento que produz resultados tão alarmantes deve ser necessariamente repetido”.

O professor Arpad Pusztai, encarregado pelo governo alemão de avaliar os estudos do MON 863, também alertou para o fato de o produto ter sido liberado. “Os documentos mostram que o método de condução do estudo foi inadequado e os dados avaliados de forma incorreta”, disse Pusztai. Para ele, novos estudos são absolutamente necessários. Os dois pesquisadores afirmam que este mesmo estudo, em que se baseou a Agência Européia para a Segurança Alimentar para liberar o MON 863, não seria aceito para publicação em nenhuma revista científica.

Além dos riscos advindos da liberação dessa variedade, não há um único caso até hoje que mostre que, uma vez liberados no ambiente para cultivo comercial ou experimentação, os transgênicos possam ser mantidos sob controle e evitar contaminações.

O exemplo mais recente dessa vulnerabilidade vem da Nova Zelândia. Lá, nenhum milho transgênico foi aprovado para plantio e as sementes importadas são testadas para se verificar a presença de transgênicos. Apesar disso, recentemente uma indústria alimentícia, em seus testes rotineiros de qualidade da matéria-prima, identificou a presença do milho modificado. Este foi o sexto incidente ocorrido no país nos últimos três anos.

Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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