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BRASIL E CHINA ASSINAM
ACORDO DE COOPERAÇÃO AMBIENTAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2005
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17/08/2005
- O secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Claudio Langone, e o vice-ministro
da Administração da Proteção
Ambiental da China, Zhu Guangyao (foto), assinaram,
hoje, um acordo para cooperação
ambiental entre os dois países. As
áreas prioritárias para troca
de informações sobre políticas
e tecnologias são manejo de parques
e reservas, florestas, qualidade da água,
energias renováveis, legislação,
educação ambiental e proteção
do ambiente marinho. Até o fim do ano,
um representante do MMA deve ir à China
para um intercâmbio de experiências
na área florestal. |
MMA
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Durante
a reunião, em Brasília (DF),
Langone explicou ao vice-ministro chinês
os esforços que o Ministério
vem desenvolvendo para que as questões
ambientais sejam avaliadas ainda no planejamento
de obras de infra-estrutura e geração
de energia, por exemplo. Os resultados já
podem ser avaliados no novo modelo do Setor
Elétrico e nas licitações
da área de petróleo e gás.
O secretário também informou
Guangyao quanto as estratégias para
preservação dos recursos naturais,
criação de parques e reservas,
avaliação de impactos por bacias
hidrográficas e mudanças climáticas.
Conforme Langone, a entrada em vigor do Protocolo
de Quioto, em fevereiro, trouxe uma série
de oportunidades para ambas as nações. |
"É
fundamental que países megadiversos, como
Brasil, China e Índia, dialoguem mais sobre
os compromissos e possibilidades do protocolo",
disse. Questionado sobre o acordo paralelo ao Protocolo
de Quioto assinado por China, Estados Unidos, Austrália,
Índia, Coréia do Sul e Japão,
Guangyao disse que a iniciativa vai ao encontro
dos objetivos da Convenção sobre Mudanças
Climáticas das Nações Unidas.
"O acordo não substitui Quioto. Faremos
novos acordos com outras nações para
reduzir nossas emissões", disse. Os
Estados Unidos e os cinco países asiáticos
são responsáveis por cerca de metade
das emissões de gases de efeito estufa do
mundo.
O vice-ministro chinês afirmou que seu país
está em pior situação ambiental
do que o Brasil. Segundo ele, 60% dos rios estão
poluídos, há muito desmatamento, poluição,
elevado consumo de energia e de recursos naturais.
"A indústria do aço consome 21%
mais energia do que a média mundial",
disse. "O futuro preocupa, já que, até
2020, a China deverá ter 1,46 bilhão
de habitantes".
Entre as medidas que aquele país está
adotando para reverter este quadro, conforme Guangyao,
está uma ampla revisão da legislação
ambiental, pesquisas, zoneamentos ecológico-econômicos,
projetos piloto de desenvolvimento sustentável
em cidades e vilarejos e a criação
de parques e reservas. "A área protegida
na China saltou de 5,7%, em 1992, para os atuais
12,8% do território", disse.
A delegação chinesa também
visitará o Ibama, a Agência Nacional
de Águas (ANA), a Hidrelétrica de
Itaipu e o Parque Nacional do Iguaçu.
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