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GÁS DE CONDICIONADORES
DE AR AUTOMOTIVO SERÁ RECICLADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2005
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06/09/2005
- O governo entrega esta semana as primeiras
máquinas para reciclagem dos gases
de aparelhos de ar-condicionado instalados
em automóveis, caminhões, ônibus
e outros veículos. Cerca de 20 empresas
serão treinadas no uso dos equipamentos
durante oficina que será realizada
entre quinta e sexta-feira na Associação
Brasileira de Refrigeração,
Ar Condicionado, Ventilação
e Aquecimento, em São Paulo (Avenida
Rio Branco, 1492). A capacitação
acontecerá entre 9h e 17h. Participarão
membros do Ministério do Meio Ambiente,
do Senai e do PNUD (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento). |
NASA
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A
oficina inclui explicações técnicas
sobre o uso seguro das máquinas e quanto
à recuperação dos principais
gases usados para refrigeração,
os CFCs. Receberão aparelhos empresas
selecionadas de acordo com regras definidas
pelo governo, como possuir registro no Cadastro
Técnico Federal e ter consumo mínimo
de 50 quilos/ano de CFC-12. Os critérios
para escolha das empresas foram publicados
na Portaria 121, de 12 de maio de 2005, do
Ministério do Meio Ambiente.
Durante o treinamento, também será
realizada palestra sobre o Protocolo de Montreal,
acordo que prevê a eliminação
mundial do uso dos CFCs pelos danos que causam
à Camada de Ozônio. |
Com as máquinas,
o gás poderá ser recolhido, reciclado
e reinjetado nas próprias oficinas mecânicas,
em poucos minutos. O gás não precisará
ser regenerado em outro local, como já ocorre
com geladeiras e freezers domésticos e industriais
fabricados até 1999. A reciclagem e a recuperação
desses gases faz parte do Programa Brasileiro de
Eliminação de CFCs.
Em frigoríficos, freezers, geladeiras, condicionadores
de ar e frigobares antigos, o CFC é o "gás
de geladeira", usado para retirar o calor do
aparelho e liberá-lo do lado de fora. O uso
e a liberação desse gás no
ambiente provocou a redução da Camada
de Ozônio em algumas regiões, principalmente
no sul do Planeta (foto). A camada é semelhante
a um grande filtro que protege a saúde humana
e os seres vivos dos raios ultravioleta.
Entre os prejuízos causados pela degradação
da Camada de Ozônio, estão uma maior
incidência de câncer de pele, de queimaduras
e de cataratas, prejuízos ao sistema imunológico
e a redução da fotossíntese,
levando a uma queda na produtividade de várias
culturas agrícolas.
A eliminação dos CFCs é um
compromisso assumido pelo Brasil quando ratificou
o Protocolo de Montreal, em 11000. Desde 1999, quando
foi encerrada a produção de CFCs no
Brasil, a fabricação e o uso desses
gases foram reduzidos em 82,8%. Até 1997,
o Brasil consumia cerca de 10 mil toneladas/ano
de CFCs. No ano passado, o uso foi de menos de duas
mil toneladas.
Além da significativa redução
no uso de CFCs, o País eliminou 88% dos halons,
usados em extintores de incêndios, 77,3% do
tetracloreto de carbono, utilizado pela indústria
química, e 76,3% do brometo de metila, aplicado
principalmente na indústria do tabaco. Com
a redução consumo desses gases, o
País antecipa em quatro anos as metas do
Protocolo de Montreal.
Fonte: Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)
Foto: NASA
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