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MADEIREIROS PEDEM APROVAÇÃO
DE PROJETOS DE MANEJO E TITULAÇÃO
DE TERRAS NA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005
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28/09/2005 - Empresários
do setor madeireiro que atuam nos estados do Pará,
Mato Grosso e Rondônia pediram hoje (28) à
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a
retomada da aprovação de projetos
de manejo florestal e titulação de
terras. De acordo com o presidente da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro,
que coordenou a participação dos representantes
das federações de indústrias
madeireiras no encontro, "há conflitos
institucionais, de gestão pública
que estão prejudicando o setor".
Monteiro ressaltou
que os três estados reúnem 3 mil empresas,
com atuação em 80 pólos de
produção e gerando uma receita anual
de US$ 2,5 bilhões – em exportações,
aproximadamente US$ 1 bilhão. "Mas estão
padecendo por causa de entraves institucionais que
causam prejuízos ainda não mensurados,
mas muito sensíveis", disse. Ele relatou
a redução em até 50% na atividade
econômica de alguns municípios de Mato
Grosso.
As sugestões
apresentadas à ministra, contou, são
a de que a atuação do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) e do Incra (Instituto de Colonização
e Reforma Agrária) seja racionalizada, que
os procedimentos sejam simplificados e que a União
possa delegar competências aos estados, tornando
a gestão pública mais efetiva.
Dilma Rousseff, segundo Monteiro, comprometeu-se
a analisar as sugestões e a levar o assunto
para discussão nos ministérios envolvidos.
"A ministra teve a perfeita compreensão
de que esses entraves precisam ser resolvidos",
afirmou.
O secretário
de Indústria, Comércio, Minas e Energia
de Mato Grosso, Alexandre Furlan, disse que devido
à "demora do Ibama em fornecer as autorizações
de manejo florestal, quem tem o produto pronto para
venda não consegue nem levar ao porto, porque
não tem as autorizações para
transporte de produto florestal, as ATPFs".
Segundo Furlan, neste
ano o estado deve exportar mais de US$ 170 milhões
em madeira e produtos florestais. "Mas os que
são responsáveis, que querem fazer
manejo florestal e não são predadores
da floresta, não conseguem trabalhar. E aqueles
que sempre trabalharam clandestinamente, continuam
passando mercadoria debaixo do pano", lamentou.
Ele
explicou que "não é o madeireiro
quem faz o corte raso da floresta – este é
o pecuarista e agricultor". E acrescentou que
não há cálculo do prejuízo
no estado, embora o reflexo da paralisação
das atividades seja sentido "na medida em que
cai a arrecadação do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços) nos estados e também a participação
nos municípios".
Fonte: Agência Brasil –
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Lana Cristina