CAMPANHA PELA CRIAÇÃO DE PARQUE EM QUEIMADA GRANDE

Panorama Ambiental
Teresópolis (RJ) – Brasil
Outubro de 2005

Entidades coletam assinaturas em ‘abaixo-assinado’ para apoio à proposta de PARNA em Ilha do litoral paulista

20/10/2005 - Uma articulação que já vem sendo realizada há dois anos em municípios do litoral paulista ganha hoje projeção e alcance com a ajuda da Internet. Ambientalistas, conservacionistas, pesquisadores, agentes de turismo e demais simpatizantes poderão aderir à campanha pela criação de um Parque Nacional (PARNA) Marinho na Ilha da Queimada Grande. Para isso, basta acessar o link - http://www.conservacao.org/abaixo_assinado - e preencher o abaixo-assinado online. Atualmente, apenas a parte terrestre da ilha é uma unidade de conservação na categoria Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), o que permite a pesca em sua porção marinha, comprometendo a conservação da biodiversidade aquática. A proposta de ampliar a área e alterar a categoria para PARNA Marinho vem sendo articulada com pescadores, ONGs e representantes do governo. Sustenta-se no fato de que a região foi considerada ‘de extrema importância biológica’ no documento “Avaliação e Ações Prioritárias para Conservação da Biodiversidade das Zonas Costeira e Marinha”. Publicado em 2002 pelo Ministério do Meio Ambiente, o relatório reforça a necessidade de ações imediatas para sua adequada proteção.

Guilherme Dutra, gerente do Programa Marinho da ONG ambientalista Conservação Internacional (CI-Brasil), explica que a Ilha da Queimada Grande, em suas porções insular e marinha, apresenta ecossistemas naturais de grande importância ecológica e beleza cênica. “A Ilha é um importante sítio de reprodução de aves marinhas e pouso de aves migratórias, além de apresentar uma das primeiras áreas de agregação reprodutiva de peixes recifais registradas no Brasil. Possui também extraordinária concentração de espécies endêmicas, entre elas algumas criticamente ameaçadas de extinção”.

Para Wilson Langeani Filho, presidente da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro (SDLB), a região constitui um inestimável tesouro natural a poucos quilômetros da costa do estado de São Paulo. “A criação de um Parque Nacional na Queimada Grande assegura a preservação desse patrimônio ambiental às futuras gerações, além de constituir iniciativa pioneira no estado, qué é um dos últimos do Brasil a não abrigar um Parque Nacional integralmente em seu terrritório”.

Ameaças e conservação - Esse patrimônio está ameaçado pela pesca esportiva e coleta ilegal de exemplares das espécies endêmicas. Entretanto, por ser uma ilha de mar aberto, não é comumente utilizada para a pesca artesanal. Guilherme Dutra avalia que a ampliação da unidade para a área marinha poderá, não só contribuir para a proteção de ambientes de grande relevância biológica nesses ecossistemas, mas também para a gestão de recursos pesqueiros na região, funcionando como área de refúgio e reprodução para espécies de grande importância comercial.

A categoria de Parque Nacional, além de resguardar o patrimônio natural da área para futuras gerações, possibilitará a realização de pesquisas científicas em sua porção terrestre e atividades de turismo contemplativo em sua porção marinha. Isso poderá ser feito, sem, no entanto, impedir o acesso para abrigo e passagem pelos pescadores locais. A área proposta para o Parque Nacional inclui, além da Ilha da Queimada Grande, a área marinha adjacente, formando um retângulo de cerca de quatro quilômetros a partir das extremidades da Ilha.

A campanha - A campanha é uma iniciativa das entidades ambientalistas CI-Brasil, SDLB, Brasil Azul e Instituto Laje Viva. Na esfera local, já conta com amplo apoio de operadores de turismo e das comunidades pesqueiras e de mergulho, tanto os praticantes quanto os fabricantes de equipamentos.

O abaixo-assinado estará disponível no site por dois meses e as assinaturas coletadas serão apresentadas às autoridades estaduais e federais, como uma forma de legitimar a proposta apresentada pelos organizadores da campanha. Dentre as ações complementares previstas pela campanha estão a realização de atividades de mobilização pró-PARNA e novas expedições científicas para levantamento biológico na área.

Link para o abaixo-assinado online – http://www.conservacao.org/abaixo_assinado

O Instituto Laje Viva nasceu 2003, fruto da indignação de alguns mergulhadores perante a pesca ilegal praticada no Parque Estadual Marinho Laje de Santos (PEMLS). Trata-se de uma organização não-governamental que tem como finalidade implementar ações próprias, implantar e/ou desenvolver ações de terceiros (Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, Polícia Florestal, Ibama, entre outros), buscando sempre a preservação e proteção do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. É uma associação civil de caráter ambientalista, composta por nove mergulhadores. Para mais informarções, acesse <www.lajeviva.org.br>

A Brasil Azul nasceu com a missão de unificar os potenciais de mundo do mergulho recreativo e técnico com o meio acadêmico das pesquisas marinhas, oceanografia e mergulho científico. Estabelecida em 2005, uma de suas principais atuações é a mobilização do meio de mergulho recreativo sobre a necessidade de transformar a Ilha da Queimada Grande no litoral sul de São Paulo em Parque Nacional Marinho.

A Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro (SDLB) foi criada em 1978. Formada por representantes da sociedade civil, sua primeira ação foi em defesa dos caiçaras moradores de Trindade (Paraty, Rio de Janeiro) em função de uma obra que provocaria grande impacto ambiental e expulsão da população tradicional. Suas atividades concentram-se na região litorânea dos estados do Rio de Janeiroe São Paulo. Atualmente a SDLB está envolvida em dois projetos principais: o "Projeto Alcatrazes", criado em 1989, e o "Projeto Ilhas Marinhas", voltado à conservação ambiental de ecossistemas insulares.

 
 
Fonte: Conservação Internacional Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa
 
 
 
 
 
 

 

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