OFICINA DEBATE QUESTÕES SOBRE CONSELHOS DELIBERATIVOS DAS RESEX

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005

(17/10/05) – De hoje até o dia 20 será realizada uma oficina para definir diretrizes e procedimentos relativos aos conselhos deliberativos das reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável federais. A oficina acontecerá no Centro de Treinamento do Ibama em Brasília, das 8h às 18h.

O evento visa definir estratégias, diretrizes, metodologias e procedimentos relativos ao processo de criação, formalização e consolidação dos conselhos deliberativos das reservas extrativistas federais, objetivando a sua aplicação no ano de 2006 com a perspectiva de aprimorar o processo. Haverá palestras e debates sobre a questão.

O público alvo é composto por especialistas na área de conselhos gestores e processos de participação social e técnicos do Ibama envolvidos com os conselhos gestores e planos de manejo de unidades de conservação. São representantes do Centro Nacional de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável-Cnpt, Diretoria de Ecossistemas-Direc, Diretoria de Floretas-Diref, Coordenação Geral de Educação Ambiental-CGEAM e Procuradoria Geral do Ibama.

Reservas extrativistas são unidades de conservação de uso sustentável utilizada por populações tradicionais, cuja subsistência baseia-se especialmente no extrativismo e têm por objetivo principal a proteção da cultura e subsistência dessas populações e a conservação dos recursos naturais.

As primeiras reservas extrativistas resultaram do passado de lutas sociais, iniciado na década de setenta e que caracterizou um novo modelo de unidade de conservação, criado no Brasil como forma de atender às reivindicações de grupos sociais com relação à resolução de problemas fundiários e à proteção da floresta. Esses grupos estavam organizados e se caracterizaram pelo uso sustentável e tradicional dos recursos naturais.

O processo de reconhecimento dessas reservas foi fortemente influenciado pelas discussões em torno da reforma agrária, no início da década de oitenta e entendido como forma de garantir a função social da terra. Assim, o fortalecimento da organização social e comunitária das comunidades extrativistas se tornou aspecto importante do processo de consolidação das reservas extrativistas. Nesse espírito, formaram-se os núcleos de base, as associações de moradores das reservas e algumas cooperativas. O associativismo assumiu um importante papel no processo de gestão co-participativa.

Em 2000, com a aprovação da Lei 9.985 de 2000, que estabeleceu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), uma nova esfera decisória foi apresentada: o conselho deliberativo, composto por representantes do poder público e da sociedade civil. Nesse último segmento, encaixa-se a representação dos moradores das Resex. Assim, um novo espaço de participação social foi criado, com novas regras, novos parceiros e incorporando novos objetivos, dentre os quais: aprovar o plano de manejo da eserva, que se constitui um novo instrumento de gestão previsto pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC a substituir os planos de utilização, já apropriados pelas comunidades extrativistas residentes e buscar a integração e harmonização das Resex com as demais unidades de conservação e seu entorno.

Dessa forma, para promover a devida apropriação desse novo espaço decisório pelas comunidades extrativistas observa-se atualmente a necessidade de fortalecimento das entidades representativas das populações tradicionais residentes, bem como, a realização de um adequado processo de capacitação. A qualificação dos demais atores sociais envolvidos também se apresenta de fundamental importância para o funcionamento e a representatividade desses conselhos.

Nesse sentido, a definição de uma estratégia para a formação dos conselhos deliberativos das reservas extrativistas assume importante dimensão na construção de um verdadeiro processo de gestão participativa dessas unidades. Pretende-se que essa experiência seja aplicada também no caso das reservas de desenvolvimento sustentável federais.

 
 
Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Telma Peixoto)
 
 
 
 
 
 

 

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