TURISMO SUSTENTÁVEL REDUZ POBREZA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2005

25/10/2005 - A diretora de Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo, Suzana Dickemann, defendeu uma mudança na visão que privilegia o turismo a qualquer preço. “O que importa é a satisfação da população local e a melhoria da qualidade de vida da comunidade”, disse ela durante o painel Turismo Sustentável e Alívio da Pobreza no Brasil, nesta terça-feira (25/10), no Fórum Mundial de Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável.

Estudo do MTur sobre o tema mostra que as políticas voltadas à promoção do turismo – calcado em pacotes pré-formatados, em fretamentos aéreos e em estruturas hoteleiras de grande porte – constituem um modelo concentrador de renda cujos impactos sociais e ambientais terminam sendo negativos. “A renda gerada pelo turismo é geralmente apropriada pelos grandes centros, exportadores de produtos e serviços, enquanto para a população nativa dos destinos turísticos sobram os impactos negativos”, afirmou Suzana.

Na visão da diretora, o turismo sustentável deve ser vetor de desenvolvimento local. “É importante mudar a mentalidade de hoje, que privilegia produção, comercialização e venda rápida de produtos turísticos e o destino que pague o preço da falta de planejamento”, assinalou, sugerindo investimentos conjuntos em capital humano, físico e social como base de políticas públicas de desenvolvimento que promova inclusão. “De forma que o turismo sustentável possa levar ao alívio da pobreza, criando portas de saída para populações em estado de carência”, acrescentou Suzana.

Em outras palavras, não bastam obras de infra-estrutura sem campanhas de conscientização da população, dos governos locais e dos turistas sobre a necessidade do desenvolvimento sustentável do setor. Da mesma forma que de nada adianta a capacitação profissional da população local sem o incentivo à criação de microempresas comunitárias ou cooperativas para prestação de serviços turísticos. Estas e outras diretrizes apontadas pelo estudo do MTur podem ser consultadas no endereço http://institucional.turismo.gov.br/mintur/documentos/normas.cfm.

Prodetur/NE – Pesquisador da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ), Marcelo Néri também participou do painel Turismo Sustentável e Alívio da Pobreza no Brasil. Ele comentou o impacto do turismo na pobreza nas regiões do Prodetur/NE, comparando a evolução de indicadores do município de Porto Seguro, na Bahia, que integra o programa, com outras cidades da região não beneficiadas pela política. No âmbito do Plano Nacional de Turismo, o Prodetur/NE visa a melhoria da qualidade de vida das populações residentes nas regiões turísticas, em conformidade com os objetivos do turismo sustentável.

Na comparação com o município de Maragogi, em Alagoas, ocupação e renda cresceram mais em Porto Seguro, tomando por base o período entre 1991 e 2000. “A renda familiar per capita teve aumento de 31% em Porto Seguro”, destacou Neri. A taxa de miséria, que compreende pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia, também teve menor elevação em Porto Seguro, na comparação com Maragogi.

“Em termos de desempenho econômico, o município baiano saiu na frente. Mas, quando o assunto é infra-estrutura, acabou perdendo para a cidade alagoana”, concluiu Neri, citando a piora em serviços básicos como coleta de lixo e acesso a eletricidade em Porto Seguro, apesar do crescimento de 49% na arrecadação fiscal do município entre 1991 e 2000. Outras conclusões do trabalho do pesquisador podem ser vistas no site http://www4.fgv.br/cps/simulador/TUR/index.htm.

 
 
Fonte: Ministério do Turismo (www.turismo.gov.br)
Assessoria de imprensa
 
 
 
 
 
 

 

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