DIRETOR DO IBAMA DEFENDE LEI DURA PARA INIBIR AINDA MAIS O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2005

(07/12/05) - Entre os fatores que contribuíram para a queda de 31% no desmatamento da Amazônia, um deles foi a decisão da ministra do Meio Ambiente e do presidente da República de quintuplicar o valor das multas por corte ilegal - R$ 5 mil por hectare ou fração. Ou seja, a fiscalização tem inibido a ação predatória nas pontas, em campo e nos tribunais, embora, segundo o diretor do Proteção Ambiental, Flávio Montiel, seja possível avançar, sobretudo, no plano judicial. “Ao contrário do que alguns insistem, a legislação brasileira contra crimes ambientais não é abusiva. A Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605, de 1998) é até branda demais. Que merece quem derruba 10 mil campos de futebol de floresta que demorou 500 anos para crescer?”.

Para Montiel, o Brasil acertou quando, em 1998, passou a considerar “crime” (não só irregularidade) os danos ambientais. “A natureza ganhou o justo status de bem difuso, coletivo - princípio universal. Contudo, sociedade, autoridades e parlamento devem se dar conta de que já passa a hora de o país aprimorar a legislação, pois sua eficácia perdeu fôlego para proteger os recursos naturais”.

O diretor defende maior severidade legal como forma de inibir os delitos. “No flagrante, por exemplo, a multa deveria ser cobrada imediatamente. Isso evitaria que a atual demora dos processos judiciais de cobrança de multas seja usada pelos infratores em seu próprio benefício”. Segundo Montiel, hoje, entre a autuação e o pagamento da multa, transcorrem três anos e meio, o que alimenta o sentimento de impunidade e o crime. “Além disso, o valor das multas efetivamente pago é insignificante frente ao potencial de lucros do comércio ilegal de madeira. Hoje, os infratores embutem nos custos de produção o valor da multa, amortizando-os ao longo de uma década”, explica o diretor.

Segundo ele, enquanto a legislação continuar a classificar dano ambiental como de “baixo valor ofensivo” (poupando o infrator inclusive da cadeia), seguirá, apesar dos esforços saneadores, a insistência na derrubada de milhões de hectares, frustrando fiscais e policiais, que passam a descrer de seu trabalho e, em alguns casos, se deixam seduzir pela corrupção.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)

 
 
 
 
 
 

 

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