ATIVISTAS BRASILEIROS SÃO
PRESOS AO PROTESTAREM CONTRA CONTAMINAÇÃO
NO URUGUAI
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Janeiro de 2006
17/01/2006 – Uruguai - Dez ativistas do Greenpeace,
entre eles três brasileiros, foram presos
na manhã desta terça-feira ao
bloquearem as obras ilegais da fábrica
finlandesa de celulose, Botnia, no Uruguai.
A construção, às margens
do Rio Uruguai, causa danos ao meio ambiente
e à população local de
Fray Bentos y Gualeguaychú, sudoeste
do país.
Os ativistas desembarcaram no local
por meio de botes infláveis,
montaram acampamento para impedir a
continuidade das obras e estenderam
cartazes com os dizeres “Chega de poluição”.
Os brasileiros C.O, F.C. e A.G., além
de outros sete ativistas, participavam
do protesto e ficaram presos por algumas
horas. Além dos ativistas, dois
repórteres também foram
detidos.
“A Botnia continua utilizando tecnologia
ultrapassada que causará destruição
dos ecossistemas do Rio Uruguai, mortandade
de peixes e alto grau de contaminação
da região e das comunidades locais”,
disse Juan Carlos Villalonga, diretor
Político do Greenpeace Cone Sul.
“O método TCF (eliminação
total de cloro) representa 20% da produção
de celulose na Europa, mas aqui na América
do Sul a empresa continua utilizando
uma tecnologia que contamina”, completa.
O Greenpeace avalia que
as características do projeto, como sua
dimensão e seu tempo de operação
(aproximadamente 40 anos), esgotarão
os recursos naturais da região. A organização
acredita que esse argumento é suficiente
para convencer as autoridades de ambos os países
a acordarem um plano de produção
limpa para toda a região. A obra da empresa
não foi aprovada pela Comissão
Administradora do Rio Uruguai (Caru).