FUNAI APRESENTA ESTUDO A ÍNDIOS TUPINIQUIM E GUARANI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2006

27/01/2006 - Índios Tupiniquim e Guarani decidiram hoje desistir do movimento de ocupação, marcado para amanhã, da área utilizada pela empresa Aracruz Celulose, no Município de Aracruz, norte do Espírito Santo. A decisão foi tomada após um encontro dos índios com uma equipe enviada pelo governo federal, em que a Funai apresentou à comunidade um resumo do relatório antropológico para identificação da área como terra indígena tradicionalmente ocupada.

Como contrapartida, as lideranças indígenas pediram duas audiências em Brasília: uma com a presidência da Funai e a outra com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. As audiências foram confirmadas para o próximo dia 9 de fevereiro.

A pedido do ministro da Justiça, a equipe responsável pela negociação -formada pelo procurador jurídico da Funai, Luiz Fernando Villares, pelo administrador regional da Funai em Governador Valadares (MG), Waldemar Krenak, o substituto dele, Élio Palmeira, e o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Perly Cipriano- levou às lideranças o resumo do relatório antropológico que considera os 11 mil hectares hoje ocupados pela Aracruz Celulose como terra indígena, juntamente com os outros 5 mil hectares já habitados pelos índios. O relatório, que aguarda texto definitivo, está previsto para ser publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.

O relatório a ser publicado em breve é uma atualização do primeiro estudo feito pela Funai, em 1997, que identificava a área, de cerca de 16 mil hectares, como terra indígena tradicionalmente ocupada.

Apesar de toda a área ter sido considerada terra indígena em 1997, o problema decorre da portaria assinada no ano seguinte pelo então ministro da Justiça, que cedeu à Aracruz a posse de 11 mil hectares da área. Em 1998, os índios firmaram um acordo de compensações com representantes da Aracruz Celulose, intermediado pelo Ministério Público Federal e pela Funai, para que a empresa pudesse utilizar a terra para o plantio de eucalipto.

Mas, em maio do ano passado, os índios renunciaram o acordo e decidiram ocupar a área que estava de posse da Aracruz. Desde então, a presidência da Funai têm feito diversos encontros entre representantes dos dois lados para chegar a um acordo.

Ao longo do ano passado, a Funai promoveu diversas reuniões entre lideranças indígenas e executivos da Aracruz para apresentar uma proposta apaziguadora: garantir a declaração da terra indígena e permitir que a empresa colhesse todo o eucalipto plantado antes do retorno dos índios.

“Não se pode dizer que a Aracruz agiu de má-fé. No entanto, ao mesmo tempo, não se pode negar o direito à terra que os índios têm. Essa é uma área que a Funai reconhece como terra indígena. Para resolver o impasse, a Funai propõe que se faça uma portaria em que o ministro da Justiça declare que esses 11 mil hectares façam parte da terra indígena. E, ao mesmo tempo, a gente vai propor que os índios desocupem a área de exploração da Aracruz até que seja feita toda colheita do eucalipto já plantado. Só então a empresa desocuparia o local. Mas o tempo limite para isso acontecer depende de estudos técnicos, porque a madeira plantada lá tem várias idades distintas”, explica o vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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