JUVENTUDE DISCUTE O TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2006

13/02/2006 - “Este tratado, assim como a educação, é um processo dinâmico em permanente construção. Deve, portanto, propiciar a reflexão, o debate e sua própria modificação”. O primeiro trecho do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global foi cumprido a risca durante o chat promovido pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o WWF Brasil na ultima sexta-feira.
Fábio Cascino, Irineu Tamaio e Tereza Moreira refletiram, debateram, apresentaram e receberam sugestões para a modificação do documento referência da Educação Ambiental no Brasil, que se encontra em fase de revisão. Moderado por Larissa Costa, coordenadora do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil, o debate foi transmitido ao vivo no ambiente de debate interativo do site do Ministério da Educação e recebeu mais de 60 conexões de diversas cidades brasileiras.

Larissa Costa, coordenadora do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil, moderou o debate sobre o Tratado de Educação Ambiental.
O projeto faz parte do módulo de Educação Ambiental do Programa Juventude e Meio Ambiente (MEC/MMA) e é uma etapa de formação a distancia. Em breve, o vídeo do debate estará disponível na integra no site http://adi.proinfo.mec.gov.br/

Interatividade

O evento começou com a apresentação de um vídeo sobre o momento de construção do Tratado (http://planeta.terra.com.br/arte/laborare_et_religare/videos/TratadoEA_10.wmv). Em seguida, os debatedores apresentaram-se e passaram responderam dezenas de perguntas que chegavam ao portal do MEC. Foram 63 conexoes, sendo que cerca de 70% destas acompanharam as três horas de discussão.
Em Ceres, no estado de Goiás, um grupo de 30 estudantes se reuniu na sala de vídeo da Escola Agrotecnica Federal para acompanhar o chat em um telão. “O debate tirou as duvidas de algumas pessoas mais experientes sobre o Tratado e o apresentou a outras que não conheciam. Foi muito produtivo”, comemora Webius Luiz, coordenador do Coletivo Jovem da cidade.

Contexto histórico

Para Fábio Cascino, filosofo e pedagogo, o encontro que gerou o Tratado de Educação Ambiental em 1992 pode ser considerado o “Woodstock do movimento ambientalista”. Redigido a 1500 mãos por pessoas de todo o mundo durante o Forum das Ongs, evento paralelo ao Eco 92, no Rio de Janeiro, o documento traz o espírito de sua época.
Estávamos a três anos da queda do muro de Berlim. O Brasil passava por um processo de redemocratização. Buscávamos a liberdade, a diversidade, assumindo uma posição política”, corrobora a jornalista Tereza Moreira, que atua como consultora na área ambiental.
O Tratado também apresenta uma nova forma de se perceber o conceito de meio ambiente. A concepção vigente até então limitava-o a “questão verde”, ou seja, caracterizado apenas por aspectos biológicos, naturais. O novo documento incluía questões do mundo urbano como fome, poluição, democracia e consumismo, assumindo uma postura política, holística e interdisciplinar na Educação Ambiental no Brasil.

Desdobramentos, Monitoramento e Avaliação do Tratado

Só a partir da elaboração do Tratado o processo de desencadeamento da Educação Ambiental se consolidou no país. Houve um “boom” de ongs, associações e redes dedicadas ao ambiente e orientadas pelo documento, que também passou a nortear políticas publicas. “Eu percebo que o tratado tem dado subsídios à gestão municipal. Atualmente, o papel do agente ambiental voluntário, por exemplo, é fundamental para diversas comunidades”, ressalta Irineu Tamaio, técnico da diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Além disso, Irineu aponta o tratado como uma das principais referências para a construção da lei e da Política Nacional de Educação Ambiental que propõem a promoção da educação ambiental em todos os setores da sociedade, em vigor no Brasil desde 1999 e relembra que a Agenda 21, instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável, também foi impulsionada pela elaboração do documento.

Revisão do Tratado

O Tratado de Educação Ambiental, que existe há quase 15 anos, passará por sua primeira revisão. Os três debatedores, que participaram de sua construção, reconhecem que alguns pontos devem ser revistos a luz da nova realidade que o cerca. “Vivemos em um mundo em que se fala muito mais, porem se exclui muito mais. Dois terços da população não tem acesso à água, saneamento e educação”, afirma Fabio Cassino, apontando conseqüências do modelo capitalista já abordadas pelo documento em 1992.
Entre os itens que mais precisam ser revistos, segundo os debatedores, estão o Plano de Ação que deve “ser mais objetivo, esclarecendo metas e prazos” e a captação de recursos que “pode se dar por novos meios”. Alem disso, a juventude, que participou intensamente do debate, deve ser considerada como um dos novos atores sociais envolvidos na questão ambiental, citados no tratado.
O V Congresso ibero-americano de Educacao Ambiental, que acontece em Joinville – SC entre os dias 5 e 8 de abril de 2006, abrirá espaço em sua programação para discussão e revisão sobre o tratado. Para contribuir com esse debate basta acessar o site www.5iberoea.org.br . Visite também o site da REBEA (www.rebea.org.br) e participe das discussões.
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global esta disponível no site:
http://www.rebea.org.br/vquemsomos.php?cod=908

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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