MOBILIZAÇÕES PELA SAÚDE REPETEM-SE EM TODO O PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2006

16/02/2006 - Na manhã de 14 de fevereiro, cerca de 500 indígenas bloquearam, pela segunda vez em 15 dias, a Ferrovia Carajás, pertencente à Companhia Vale do Rio Doce, no Maranhão. O protesto teve o objetivo de pressionar pela melhoria no atendimento à saúde dos povos e por mudanças políticas na administração da saúde. As reivindicações dos indígenas foram atendidas e, na tarde do dia 15, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) anunciou a liberação de R$ 52 milhões para uso emergencial em saúde indígena, em 21 dos 34 Distritos Sanitários Especiais de Saúde Indígena (DSEIs). Deste total, 620 mil são destinados ao Maranhão para compra de medicamentos, capacitação de pessoal e equipamentos médicos.

As mobilizações pela melhoria do atendimento à saúde seguem acontecendo em todo o país. Na última semana, os Tupinambá de Serra do Padeiro, na Bahia, ocuparam a Prefeitura da cidade de Una para conseguir atendimento constante, medicamentos e o pagamento dos agentes de saúde e da equipe do Programa de Saúde da Família Indígenas (PSFI). Um dia após a ocupação, foi liberado o pagamento de R$ 19,2 mil, para cinco agentes. O dinheiro estava nos cofres da prefeitura e, neste caso, as dificuldades de atendimento são ligadas a questões políticas municipais. "Já tivemos no mínimo três contatos com o prefeito Zé Pretinho, de Una. A última foi dia 1º de fevereiro. O prefeito alega que não tem interesse em prestar assistência aos índios, e a Prefeitura [do município de] Buerarema também se nega a prestar assistência", afirmou a liderança Magno Tupinambá durante a ocupação. Havia um impasse pelo desinteresse das prefeituras em ficar com a responsabilidade do atendimento aos indígenas. Enquanto isso, o dinheiro fica preso nos cofres do município de Una e os indígenas seguem sem atendimento médico. A mobilização conseguiu obter o compromisso da Funasa de realizar uma reunião com as prefeituras de municípios que atuam na saúde indígena para debater o atendimento em todo o sul da Bahia.

O tema continua em pauta também no centro do país, no estado do Tocantins, onde já houve 17 mortes de crianças que apresentaram sintomas banais, como diarréia, febre, gripe e tosse e outras 19 crianças continuam internadas. Da verba anunciada pela Funasa, R$ 410 mil serão destinados a este estado.

Com os protestos no Maranhão, os indígenas do estado conseguiram que fossem atendidas as reivindicações de autonomia política e financeira do distrito de saúde em relação à Funasa. Esta será a primeira experiência de atuação administrativa e financeira descentralizada no país. Eles conseguiram também a mudança do coordenador regional da Funasa no Estado. O coordenador era acusado de desrespeitar as definições do Conselho Distrital de Saúde Indígena que, em teoria, define as prioridades da política de atendimento à saúde. O descontentamento dos indígenas também é causado pelos desencontros entre as solicitações dos povos e as decisões sobre a execução do atendimento. A falta de técnicos, medicamentos e o não deslocamento dos doentes mais graves para hospitais têm caracterizado o atendimento oferecido pela Funasa no Maranhão.

 
 

Fonte: CIMI – Conselho Indigenista Missionário (www.cimi.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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