NOVA LEI PERMITE A EXPLORAÇÃO DE FLORESTAS PÚBLICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

02/03/2006 - O projeto que permite a exploração de florestas públicas por empresas privadas, sem que o Estado perca a posse sobre a área, foi sancionado nesta quinta-feira (02) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em solenidade no Palácio do Planalto. A sanção foi comemorada tanto pelo governo, como por representantes de ongs e movimentos sociais. A nova lei, que entrará em vigor a partir da sua publicação no Diário Oficial, é considerada um dos marcos regulatórios mais importante da última década. O projeto foi sancionado com quatro vetos.
MMA

Para o presidente, as regras para gestão de florestas públicas representam uma revolução nas formas de ocupação dessas áreas. A lei reconhece no patrimônio natural um motor para o desenvolvimento brasileiro , destacou. Ele salientou que as empresas poderão explorar terras federais, estaduais e municipais dentro de critérios rígidos estabelecidos para evitar o desmatamento e a destruição ambiental.
Lula ainda chamou a atenção para o Serviço Florestal Brasileiro, órgão criado pela nova lei, que permite à sociedade gerenciar o uso das florestas. O órgão atende a uma demanda antiga dos movimentos sociais, segundo ele. "Com essa lei, tenho certeza, o madeireiro que faz exploração predatória poderá começar a agir

legalmente, tornando-se um produtor florestal. Não se trata de satanizar nenhum setor, mas de fazer com que as práticas incorretas sejam corrigidas", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante a cerimônia. Marina também falou sobre o processo de elaboração do texto, amplamente debatido com a sociedade. "Foram realizadas inúmeras consultas públicas", acrescentou.
A lei permite o uso múltiplo da floresta. Ela é um dos resultados práticos da política ambiental implementada pelo governo. Foi apresentada ao Congresso como projeto de lei do Executivo em fevereiro de 2005. A tramitação no legislativo foi rápida. No dia 7 de fevereiro, durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, o projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados e enviado para sanção presidencial.
O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, explicou que a nova lei é importante porque atualmente 60% das florestas brasileiras estão em terras públicas. A ausência de uma legislação clara sobre esse assunto tornava inviável uma proteção mais efetiva dessas áreas. A concessão, disse ele, se dará por meio de uma licitação. A empresa que vencer assinará um contrato com o Estado e deverá apresentar um plano de manejo para a área. Ela não terá qualquer direito de domínio ou de posse sobre a área.
Após a publicação no Diário Oficial, a lei será implementada em caráter piloto por dez anos. Nesse período, o governo estima que será possível licitar 13 milhões de hectares na Amazônia, o que representa 3% das florestas públicas daquela região. Para Capobianco, essa lei promove uma reforma na maneira de se preservar a floresta. "Ela estabelece uma espécie de contrato sócio-ambiental. Com essa legislação, estamos provando que o uso sustentável dos recursos naturais, com geração de emprego e renda, não é uma utopia", completou.
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Marluza Mattos)
Foto: MMA
 
 
 
 
 
 

 

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