DIRETOR DA FUNASA DIZ QUE PEDIRÁ SAÍDA DO CIMI E DA JOCUM DA TERRA INDÍGENA SURUAHÁ

Panorama Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Março de 2006

08/03/2006 – O diretor da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) no Amazonas, Francisco Ayres, está em Brasília para pedir à Sexta Câmara Temática do Ministério Público Federal, que trata de assuntos relacionados a índios e minorias, a saída do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da entidade evangélica Jovens com Uma Missão (Jocum) da terra indígena Suruahá.

"Tenho uma reunião às 15 horas com os procuradores e vou entregar o pedido de desintrusão [retirada de invasores] da área. Nosso objetivo é preservar a integridade dos povos indígenas, como previsto em nossa missão constitucional", declarou Ayres. "Eu trouxe provas de que os missionários da Jocum não estão traduzindo, mas sim interpretando o que os indígenas falam."

O povo Suruahá possui apenas 137 pessoas, que vivem em uma terra indígena demarcada e homologada, com 239 mil hectares, em Tapauá, no sul do Amazonas (a 450 quilômetros de Manaus).

O contato desse povo com os brancos é considerado recente, a partir da década de 1980. De acordo com Ayres, os missionários do Cimi e da Jocum são os únicos não-indígenas que falam a língua suruahá, mas três funcionários da Funasa que passaram a viver na área em dezembro já conseguem se comunicar com os representantes dessa etnia por meio de sinais.

"A Jocum diz que os Suruahá falaram que a polícia é má. Como indígenas que vivem no meio da floresta podem fazer uma afirmação dessa?", questionou Ayres. Ele esclareceu ainda que não há nenhum indício de má conduta ou agressão cultural por parte dos missionários do Cimi. "Eu pedi a saída das duas missões por uma questão de Justiça, para que não digam que estou privilegiando uma delas."

Para o coordenador do Cimi no Amazonas, Francisco Loebens, a entidade está sendo punida sem justificativa. "Estranhamos essa decisão autoritária e sem critérios. Assumimos o compromisso de trabalhar com o povo suruahá, respeitando suas tradições e culturas. Desde 1980 trabalhamos para que esse povo pudesse ter o território garantido e desenvolver, com seu próprio protagonismo, seu futuro", argumentou Loebens. "Vamos mobilizar todos os meios possíveis para que essa aliança não seja rompida, em nome da velha e ultrapassada visão de que o Estado tem a tutela dos povos indígenas."

A reportagem da Radiobrás procurou falar com a Jocum, mas ninguém atendeu ao telefone da entidade.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi

 
 
 
 
 
 

 

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