REQUIÃO QUER POSIÇÃO CLARA DO GOVERNO FEDERAL SOBRE ROTULAGEM DOS TRANSGÊNICOS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2006

14/03/2006 - O governador Roberto Requião defendeu, nesta segunda-feira (13), no Expotrade, em Pinhais - durante a abertura dos trabalhos oficiais da 3ª Reunião das Partes da Convenção sobre Biossegurança do Protocolo de Cartagena - que o governo brasileiro deixe clara, assim como o Paraná, sua posição quanto à rotulagem das cargas que contêm organismos vivos geneticamente modificados (OVMs).

“Esta conferência dará um novo eixo à postura ambiental atual. Se existem hoje temas em relação aos quais não se admitem posições dúbias, atitudes mais ou menos, decisões conciliatórias, pusilânimes, esses temas são a biodiversidade e a biossegurança”, disse o governador em seu discurso. Requião se referiu à falta de posicionamento do governo brasileiro, que ainda não anunciou oficialmente se votará a favor da expressão “pode conter” ou de “contém” OVMs nas cargas exportadas de um país para o outro.

Segundo Requião, o governo do Paraná não resiste à soja transgênica, por fundamentalismo, teimosia ou capricho. “O Paraná resiste por razões de biossegurança, e a conseqüente defesa da biodiversidade. A saúde da natureza, dos homens e dos animais impulsiona as nossas decisões”, disse o governador. “A resistência é em defesa da soberania da nossa semente e da autonomia nacional, já que negamos a submissão ao mando das transnacionais, detentoras de patentes”.

O governador citou ainda razões de mercado, já que a soja convencional paranaense não apenas produz mais, como resiste melhor aos contratempos climáticos e alcança melhores preços no mercado internacional. “Com os meios ao nosso alcance, procuramos manter os agricultores e a população bem informados sobre os riscos dos produtos OVMs. E nos limites das atribuições legais, tomamos toda sorte de iniciativas para dificultar tanto o plantio quanto o transporte e a comercialização da soja OGM. A fiscalização no Porto de Paranaguá é rigorosíssima e por lá não se exporta um grão sequer de soja transgênica”, detalhou Requião.

Ações ambientais do Paraná - Apresentando o dado de que o Paraná possui hoje apenas 3% da cobertura florestal que possuía há cem anos, o governador Requião falou sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas para a recomposição das florestas do estado, a fim de garantir a biodiversidade. “Se o governo não atuar com dureza, com determinação, em breves anos perderemos as últimas manchas florestais que ainda verdejam o mapa paranaense”, afirmou Requião.

O governador mencionou os programas de preservação das florestas de araucária, floresta atlântica, programa Mata Ciliar – que prevê o plantio de 90 milhões de mudas de espécies nativas - e o Paraná Biodiversidade, que está construindo três grandes corredores de biodiversidade com a conexão de remanescentes florestais.

Agroecologia - De acordo com o governador, muitos programas estão abrindo o mercado para a agricultura orgânica e agroecologia. “O projeto Paraná Biodiversidade prevê a conversão da agricultura convencional e impactante em pequenas propriedades rurais, para uma agricultura ecologicamente correta sem o uso de agrotóxicos”, disse.
Outro programa é a “Merenda Escolar Orgânica”, que incentiva a compra de produtos cultivados sem agrotóxicos para as refeições servidas aos alunos da rede estadual de ensino. “A nossa meta é que todos os um milhão e 430 mil alunos da rede estadual sejam atendidos pela merenda orgânica”.

Fiscalização e incentivo – Como medida de fiscalização ambiental, o governo do Paraná estabeleceu, por decreto, incentivos à criação de reservas particulares do patrimônio natural. Atualmente, o Paraná é o estado com o maior número dessas reservas no Brasil. Já são mais de 37 mil hectares de áreas conservadas diretamente pelos proprietários. “Criamos uma força policial específica para a fiscalização do meio ambiente, um Fórum de Mudanças Climáticas e Fórum Paranaense de Biodiversidade”, lembrou Requião.

A abertura do evento contou com a participação dos 188 países signatários da convenção. O presidente da Conferência das partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP), Nasron Fatimah Ray; a secretária da Conferência da Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, Cyrie Sandashongae; o vice - ministro do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone; e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, compuseram a mesa.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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