ESTUDO DE 10 ANOS AVALIA QUALIDADE DA ÁGUA EM MS

Panorama Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Março de 2006

22/03/2006 – Relatório de uma década de análise conclui que ainda é boa a qualidade das águas dos rios da Bacia do Alto Paraguai, mas houve piora em mais da metade dos pontos de coleta. O estudo foi apresentado à imprensa hoje pelo coordenador do Laboratório de Controle Ambiental do Imap (Instituto de Meio Ambiente Pantanal), Luiz Mário Ferreira, em coletiva no auditório do Marco (Museu da Arte Contemporânea).

A análise mede a quantidade de oxigênio dissolvido na água. Quanto mais oxigênio, melhor a água. Se o nível ficar abaixo de 4 miligramas de oxigênio por litro, a situação começa a ficar crítica, peixes de algumas espécies, como o dourado, já podem morrer por asfixia. Nessa escala o máximo aceitável é de 7 miligramas/litro. Luiz Mário assegura que a média na bacia do Alto Paraguai é de 6 miligramas/litro, o que é considerado bom.

“Alguns rios, como o Formoso, em Bonito, tem índice próximo a 7. São rios preservados. Já outros, em determinados trechos, o índice se aproxima de 4. Ainda assim não são pontos localizados, geralmente próximo das cidades.” A contaminação, nesses casos, é por cloriformes fecais, resíduos de esgoto doméstico despejados sem tratamento nos rios.

Planície e Planalto – Outra conclusão importante a que se chegou com o cruzamento dos dados das análises refere-se ao comportamento dos rios ao cruzarem o planalto e desembocarem na planície pantaneira. O fator determinante é o clima. Nos períodos de seca, a tendência é melhorar a qualidade das águas na planície, e piorar no planalto. Já na cheia ocorre o inverso.

Nas cheias, o grande volume de água acelera a correnteza dos rios, o que favorece a descontaminação. Já na planície ocorrem inundações, a água arrasta dejetos de animais e encobre a vegetação. O processo de deterioração demanda oxigênio e, com isso, o nível do gás dissolvido na água diminui.

“Trata-se de um processo natural, biológico. Mas é importante frisar que, durante o período de cheia, embora o nível de qualidade das águas dos rios da planície possa chegar perto ou até romper o ponto crítico em alguns trechos, em curto tempo a própria natureza se recompõe. Não se trata de um processo prolongado de contaminação”, observou Luiz Mário.

Providências – Com base nas informações das análises, a Sema (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) orienta ações para frear a deterioração e pouco a pouco recuperar a qualidade das águas na bacia, assegura o secretário José Elias Moreira.

“Estamos mobilizando proprietários rurais, para que recomponham a mata ciliar, que é um filtro natural dos rios, evitando que agrotóxicos, produtos químicos, até os sedimentos naturais sejam arrastados para o leito. Da mesma forma estamos fiscalizando as indústrias estabelecidas nas proximidades de cursos dágua, que utilizam a água no processo produtivo ou despejam efluentes nos rios. Todos devem ter sistema de tratamento dos efluentes, e vamos ver onde precisa ser melhorado para diminuir a contaminação.”

Outras ações importantes exigem investimentos maiores. É o caso da ampliação da rede de tratamento de esgoto urbano das cidades da planície pantaneira, projeto que integrava o Programa Pantanal e que agora depende de iniciativas das prefeituras para ser implementado.

Paralelamente, a Sema trabalha na elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos, na implantação da política para o setor e na criação dos comitês de bacia para gerir o uso das águas. “Quando todo o sistema estiver implantado, os rios estarão protegidos. Os comitês vão fiscalizar, exigir a reposição das matas ciliares, propor punição a quem estiver degradando, deliberar sobre a outorga do uso da água. Enfim, será um mecanismo eficiente de vigilância da vida não só dos rios, mas de todo o ambiente da bacia hidrográfica”, finalizou José Elias.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)

 
 
 
 
 
 

 

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