IBAMA LANÇA CAMPANHA NACIONAL CONTRA A BIOPIRATARIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

Curitiba (22/03/2006) - O Ibama lança hoje, durante a 8ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Biodiversidade Biológica (COP 8), às 18 horas, nova edição da Campanha Nacional Contra a Biopirataria - o tráfico de animais e plantas (ou de células destes) para extração de elementos genéticos para produção de fármacos, alimentos e cosméticos. O presidente do Ibama Marcus Barros e o gerente executivo do instituto no Paraná Marino Gonçalves participarão do evento, que acontecerá no estande do Ibama (Espaço Araucária) na Expotrade, em Pinhais, Grande Curitiba. Logo em seguida o Ibama lançará oficialmente o primeiro número de sua revista.

Com a reedição da campanha contra a biopirataria, que teve sua primeira versão no ano passado, o Ibama fará um esforço de conscientização da população, principalmente da comunidade científica. Material gráfico da campanha será entregue nos portos, aeroportos e instituições de pesquisa. Funcionários do Ibama distribuirão o folheto Biodiversidade e Soberania Nacional (Direito de todos, compromisso do Brasil), que orienta sobre procedimentos legais para coleta e acesso à biodiversidade. O principal deles é a obrigatoriedade de autorização do Ibama para o transporte de animais silvestres, de produtos da fauna e flora e substâncias nocivas, além de acesso a materiais genéticos. Pesquisadores estrangeiros, interessados em expedições científicas em território nacional, serão informados sobre as exigências do governo para tal atividade. O folheto poderá ser obtido no lançamento da campanha, no estande do Ibama, hoje.

A campanha de combate à biopirataria está sendo reeditada em 2006 por causa da exploração ilegal do patrimônio genético brasileiro por grandes laboratórios internacionais. O Brasil figura entre os cinco países com maior acervo genético natural (20% de todas as espécies do planeta) com potencial para aproveitamento farmacêutico e a cura de doenças, o que, por si só, explica o interesse estrangeiro em piratear recursos naturais do País, sobretudo da floresta Amazônica.

Fiscalização – Desde maio de 2005 um convênio reúne Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência no trabalho de aprimorar a investigação da biopirataria. Além disso, o Ibama realiza a permanente capacitação de seus servidores, para combate ao delito. "Além desse esforço, o País precisa aumentar o rigor da legislação, criando, por exemplo, lei criminal para enfrentar a biopirataria", afirma o coordenador da Divisão de Fiscalização do Acesso ao Patrimônio Genético do Ibama, Bruno Barbosa.

Hoje, o Brasil conta apenas com sanções administrativas previstas no decreto 5.459/2005. É necessário ainda, segundo Bruno, modificar os tratados internacionais, para que assegurem soberania dos países sobre seu patrimônio genético e a justa repartição (com os países de origem) dos benefícios do comércio de produtos derivados do patrimônio genético patenteado.

Tráfico de animais - Em dezembro de 2005, numa Operação batizada de Trinca-Ferro, o Ibama, a Polícia Federal e a Polícia Ambiental da Brigada Militar desbarataram uma quadrilha de traficantes internacionais de animais silvestres. A quadrilha operava nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e São Paulo e mantinha pontos de receptação e coleta em cidades da região fronteiriça da Argentina e do Uruguai.

Com os traficantes, os fiscais apreenderam cerca de 2 mil animais, a maioria deles pássaros e aves, alguns em extinção, como o Curió. Eles vinham de várias partes do Brasil, principalmente do Norte, e abasteciam mercados clandestinos nos Estados Unidos e na Europa, onde uma arara azul chega a valer US$ 30 mil.

Os presos respondem pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando, introdução de animais no País, maus tratos e transporte ilegal. Pelas infrações, a legislação prevê 10 anos de prisão.

A Trinca-Ferro foi a primeira operação a desvendar uma rede internacional de tráfico de animais silvestres no Brasil. Iniciada em 2003 por um fiscal do Grupo de Inteligência do Ibama (Geica), a investigação ganhou reforço da Polícia Ambiental da Brigada Militar (PM/RS). Denúncias sobre tráfico e o transporte ilegal de espécies da biodiversidade brasileira podem ser feitas por e-mail (linhaverde@ibama.gov.br) ou pelo telefone 0800-618080. A ligação é gratuita.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Rubens Amador)

 
 
 
 
 
 

 

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