DECISÃO SOBRE RESÍDUOS PERIGOSOS DEVE AJUDAR A ENFRENTAR PRESSÕES DOS PAÍSES RICOS, DIZ SECRETÁRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2006

29/03/2006 - Curitiba - O secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Vitor Zveibil, avalia que a decisão dos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) de adotar estratégias comuns de pós-consumo de resíduos perigosos deve ajudar os países do Mercosul a enfrentar pressões dos países desenvolvidos.

O acordo foi firmado em reunião extraordinária dos ministros de Meio Ambiente do Mercosul, em paralelo à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8). No documento, os parceiros do bloco de países se comprometem a estabelecer critérios comuns e promover políticas coordenadas de gestão de resíduos que podem contaminar solos e recursos hídricos. Isso inclui baterias, pilhas, pneus, telefones celulares, eletroeletrônicos, embalagens de pesticidas, lâmpadas e até azeites minerais e vegetais.

Os países desenvolvidos exportam produtos usados para o resto do mundo, repassando a responsabilidade pelo descarte. Exemplo emblemático, nesse sentido, é a venda de pneus usados para países em desenvolvimento. "O Primeiro Mundo cria regras cada vez mais restritas do ponto de vista do descarte de pneus e busca estratégias de encaminhamento para outros mercados", denuncia Vitor Zveibil.

No caso do Brasil, apesar de a importação de bens usados ser proibida por resoluções, 11 milhões de pneus usados entram no país todo ano, com base em liminares judiciais – parte deles vêm do Uruguai, em razão de decisão do Tribunal Arbitral do Mercosul. A União Européia, que descarta 80 milhões de carcaças de pneu por ano, briga na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo direito de enviar suas unidades usadas para o Brasil, como faz o Uruguai.

A prática de repassar a responsabilidade pelo descarte de resíduos perigoso é comum no mundo todo. Outro bom exemplo, segundo Zveibil, é o envio de equipamentos médico-hospitalares com prazo próximo ao vencimento pelos países de primeiro mundo à África do Sul, sob forma de doação – cabe aos africanos dar destinação final aos resíduos. "Os países em desenvolvimento não têm aterros sanitários adequados, não têm todos os sistemas de disposição, e isto tem um custo para o meio ambiente", enfatiza o secretário do Ministério do Meio Ambiente.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mylena Fiori)

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
VEJA
NOTÍCIAS AMBIENTAIS
DIVERSAS
Acesse notícias variadas e matérias exclusivas sobre diversos assuntos socioambientais.

 
 
 
 
Conheça
Conteúdo
Participe
     
Veja as perguntas frequentes sobre a Agência Ecologia e como você pode navegar pelo nosso conteúdo.
Veja o que você encontrará no acervo da Agência Ecologia. Acesse matérias, artigos e muito mais.
Veja como você pode participar da manutenção da Agência Ecologia e da produção de conteúdo socioambiental gratuito.
             
 
 

 

 

 

 
 
 
 
 
     
ACESSE O UNIVERSO AMBIENTAL
DE NOTÍCIAS
Veja o acervo de notícias e matérias especiais sobre diversos temas ambientais.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça nosso compromisso com o jornalismo socioambiental independente. Veja as regras de utilização das informações.
Entre em contato com a Agência Ecologia. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
A Agência Ecologia disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 45 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
Agência Ecologia
     
DESTAQUES EXPLORE +
SIGA-NOS
 

 

 
Agência Ecologia
Biodiversidade Notícias Socioambientais
Florestas Universo Ambiental
Avifauna Sobre Nós
Oceano Busca na Plataforma
Heimdall Contato
Odin Thor
  Loki
   
 
Direitos reservados. Agência Ecologia 2024-2025. Agência Ambiental Pick-upau 1999-2025.