PORTO ALEGRE É CIDADE AMIGA DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2006

31.03.2006 - Porto Alegre - O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PPS-RS), assinou nesta sexta termo de compromisso com o programa Cidade Amiga da Amazônia, do Greenpeace, em solenidade realizada à bordo do navio MY Arctic Sunrise, da entidade ambientalista. O objetivo do Cidade Amiga da Amazônia é incentivar prefeituras brasileiras a adotarem leis que evitem o consumo de madeira nativa de origem criminosa nas compras e licitações públicas. O prefeito Fogaça também editou decreto criando grupo técnico de trabalho com representantes de diversas secretarias da administração municipal e entidades civis, encarregado de elaborar a política de consumo responsável de madeira. Além do Greenpeace, a ONG Núcleo Amigos da Terra apoiou a iniciativa. Porto Alegre é a terceira capital e 29o município brasileiro a aderir ao programa do Greenpeace.

Entre 2001 e 2004, mais de 70 mil km2 de floresta amazônica foram destruídos pela exploração criminosa de madeira e pelo avanço descontrolado da fronteira agropecuária, uma área equivalente a ¼ da área do Estado do Rio Grande do Sul. “Acho que o Greenpeace apontou pra uma proposta muito útil e eficaz. Nós estamos orgulhosos por viabilizar mais uma forma de controle da procedência da madeira e, através dos municípios, espalhar essa política para todo o Rio Grande do Sul e para o país“, afirmou o prefeito da capital gaúcha, José Fogaça. “Ao fechar suas portas para madeira de origem criminosa, a prefeitura de Porto Alegre está agindo concretamente para deter o desmatamento da Amazônia”, comemora Rebeca Lerer, coordenadora do programa Cidade Amiga da Amazônia.

Estima-se que entre 60% e 80% de toda madeira amazônica tenham origem ilegal e 64% da produção destinam-se ao mercado consumidor brasileiro. A região sul do país e os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo são responsáveis pela compra de 27% da madeira amazônica direcionada ao mercado interno. As prefeituras consomem grandes volumes de madeira em obras como escolas e postos de saúde. “Consumir madeira de origem ilegal é inaceitável. O dinheiro público não pode financiar a destruição criminosa da Amazônia”, completa Rebeca Lerer.

Além do prefeito de Porto Alegre, também estiveram presentes na solenidade os prefeitos de Santa Maria, Valdeci Oliveira (PT-RS), e São Leopoldo (PT-RS); o representante da prefeitura de Rio Grande, Glênio de Freitas Jr. e as ONGs NEMA (Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental), Fundaçao Mo'a, UPAN (União Protetora do Ambiente Natural) e Movimento Roessler, que estão apoiando as prefeituras na implementação do programa Cidade Amiga da Amazônia em seus municípios. Todos formalizaram apoio à campanha do Greenpeace pela criação de uma rede de áreas protegidas como parques e reservas para conter o desmatamento da floresta amazônica.

O navio do Greenpeace está em expedição no País para promover propostas de proteção à floresta como a implementação de uma rede de áreas protegidas e de uso sustentável e o consumo responsável de produtos florestais. A idéia é levar a realidade de regiões remotas da Amazônia para grandes centros urbanos do litoral brasileiro. Ao longo de 30 dias, o navio visitará cinco cidades - Porto Alegre (RS), Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE), mostrando as belezas e as ameaças que colocam em risco a maior floresta tropical do planeta. “Acreditamos que só a mobilização da sociedade e a ação de todos os níveis de governo podem reverter a tendência de destruição da floresta. A Amazônia tem pressa”, conclui Rebeca Lerer.

Enquanto o Greenpeace inicia expedição para proteger a floresta amazônica, a última reunião da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que terminou hoje em Curitiba, fracassa. Os países membros que participaram da 8ª Reunião das Partes (COP 8) da convenção perderam a oportunidade, durante duas semanas de negociações, de costurar algum acordo real que pudesse brecar a perda global da biodiversidade e da vida nas florestas e oceanos do planeta.

 
 

Fonte:Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace

 
 
 
 
 
 

 

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