GOVERNO FEDERAL CRIA REFÚGIO DOS CAMPOS DE PALMAS NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2006

Paraná ( 05/04/2006) - Foi publicado no Diário Oficial da União, de terça (4) o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criando o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas de 16.445 hectares, localizado nos municípios de Palmas e General Carneiro, no Paraná. De acordo com o ex-superintendente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, das quatro unidades de conservação até agora criadas para a proteção da Floresta com Araucárias e Campos Nativos, a do Refúgio foi a mais complicada, por conta da conduta de alguns proprietários cujas terras encontravam inseridas nos limite do Refúgio.

"O trabalho de fiscalização do Ibama revelou uma série de crimes ambientais em que foram destruídos ou modificados quase quatro mil hectares de campos nativos e floresta com araucária. Vários autos de infração foram lavrados, milhares de hectares embargados", disse. Marino esteve a frente do instituto por três anos e acompanhou todo o processo da criação das áreas de proteção. Segundo Marino, outra manobra para impedir a intenção do Governo Federal de criar a unidade foi a criação pela prefeitura de Palmas de uma Área de Proteção Ambiental Municipal (APA). Gonçalves explicou que APA, de uso sustentável, é de classificação mais branda do que o Refúgio de Vida Silvestre, de proteção integral, conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

"A lei prevê a preferência para as categorias mais protetivas ao meio ambiente, no caso, não há qualquer incompatibilidade com a criação do refúgio em sobreposição à APA?, esclareceu Marino, arrematando ?que o Paraná está feliz e de parabéns por mais essa conquista em favor da vida".

Força Tarefa - A criação das Unidades de Conservação (UC) é o resultado de um esforço do governo federal iniciado em 2002, quando foram definidas as áreas prioritárias para proteger a Floresta com Araucária e os Campos Gerais.

Os estudos de campo foram realizados por uma Força Tarefa coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que reuniu especialistas de diferentes áreas, representando os três níveis de governo, universidades e organizações não-governamentais.

Das cinco UCs propostas pela Forca Tarefa, quatro já foram criadas e anunciadas durante a Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), realizada em março, em Curitiba. Foram criadas as Reservas Biológicas das Perobas (8,2 mil hectares) e das Araucárias (15 mil hectares), o Parque Nacional dos Campos Gerais (21
mil hectares) e o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas. Ainda falta o decreto de criação do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi, com 31 mil hectares, localizado nos municípios de Imbituva, Teixeira Soares, Ipiranga, Ponta Grossa e Palmeira.

Floresta com Araucárias - A Floresta Ombrófila Mista, nome técnico das matas com Araucárias, faz parte da Mata Atlântica, bioma mais ameaçado do País, e ocupava cerca de 200 mil quilômetros quadrados em estados no Sul e Sudeste, principalmente em planaltos e regiões de clima mais frio. Até agora, somente 0,2% da área original da floresta estava protegida em unidades de conservação federais, estaduais, municipais e particulares.

Devido à qualidade da madeira da araucária, leve e sem falhas, a espécie foi muito procurada por madeireiras a partir do início do Século XX. Estima-se que, entre 1930 e 11000, cerca de cem milhões de pinheiros tenham sido derrubados.

Entre 1950 e 1960, foi a principal madeira de exportação do País. Hoje, a floresta com araucárias está praticamente extinta, restando menos de 3% de sua área original em bom estado de conservação. No Paraná esse percentual cai para menos de 1%.

As unidades de conservação protegerão matas, campos nativos, nascentes, rios e córregos que abastecem populações urbanas e rurais, além de auxiliar na recuperação da araucária, árvore ameaçada de extinção. Outras árvores, como canela-sassafrás, canjerana, canela-preta, imbuia e xaxim, e animais como gralha-azul, lobo-guará, anta, papagaio-do-peito-roxo e onça pintada são encontradas nessas florestas.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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