ATIVISTA É O TERCEIRO BRASILEIRO A RECEBER PRÊMIO GOLDMAN DE MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2006

25/04/2006 - Brasília – O Prêmio Goldman de Meio Ambiente é concedido anualmente, desde 11000, a seis ativistas, por regiões: África, Ásia, Europa, Ilhas e Nações-Ilhas, e Américas (do Norte, do Sul e Central). Os vencedores são selecionados por um júri internacional, a partir de indicações confidenciais feitas por uma rede mundial de organizações ambientais e indivíduos.

Os ganhadores do prêmio fazem uma viagem de dez dias a São Francisco e Washington D.C., onde participam de uma cerimônia de apresentação e entrega dos prêmios, encontros com a imprensa e reuniões com líderes políticos, financeiros, ambientalistas e formadores de políticas sociais.

Com 34 anos, Tarcísio Feitosa é o terceiro brasileiro a receber o prêmio na categoria Américas do Sul e Central por sua trajetória em defesa dos direitos humanos e pela proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na região do Xingu e da Terra do Meio, no Pará.

O primeiro brasileiro a receber um Goldman Prize foi um dos fundadores do Instituto Sócio Ambiental (ISA) e ex-coordenador do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), Carlos Alberto Ricardo, em 1992, por sua atuação na garantia dos direitos dos povos indígenas durante a elaboração da Constituição Federal de 1988 e pela demarcação da terra Yanomani.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi premiada em 1996, por sua atuação na implantação das Reservas Extrativistas no Acre.

Líder social no Pará é um dos ativistas a ganhar prêmio internacional de meio ambiente

25/04/2006 - Brasília - Um brasileiro, líder social da região de Terra do Meio, no Pará, foi um dos ativistas ambientais de todo o mundo que recebeu o Goldman Environmental Prize (Prêmio Goldman de Meio Ambiente), considerado o maior prêmio mundial para defensores do meio ambiente.

Nascido e criado em Altamira, na região do Xingu, Tarcisio Feitosa integra uma aliança popular para proteger a floresta tropical e as comunidades locais. O prêmio foi entregue nessa segunda-feira (24), em São Francisco, Estados Unidos.

Com 34 anos, Feitosa venceu na categoria Américas do Sul e Central por sua trajetória em defesa dos direitos humanos e pela proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na região do Xingu e de Terra do Meio no Pará, na Amazônia.

Ele começou o trabalho aos 15 anos de idade, como voluntário na luta pela demarcação das terras indÍgenas – atividade que desenvolveu até 2000. "Naquela região, temos uma educação muito voltada para as comunidades. Há uma conscientização quanto à situação dos povos indígenas e das populações tradicionais", conta.

Em 2000, Feitosa se engajou em um movimento contra a exploração ilegal de mogno. Ele documentou a atividade ilegal e avisou os órgãos governamentais - a ação resultou no confisco de 6.000 toras de mogno extraídas ilegalmente, vendidas posteriormente em um leilão que arrecadou US$ 1,5 milhão, destinado à criação de um fundo para financiar o desenvolvimento sustentável e os esforços de conservação da região.

Em 2002, Tarcisio Feitosa passou a trabalhar em estudos para a criação de unidades de conservação na bacia do Xingu. Atualmente, é membro da Comissão Pastoral da Terra e um dos coordenadores do Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu (MTDX) – rede de Organizações Não-Governamentais que, segundo ele, tem duas bandeiras de luta: "mostrar que a agricultura familiar e os povos da floresta podem conviver com a floresta e interromper a construção e cinco barragens na região".

Ele destaca que uma das barragens – a de Belomonte -, já está em andamento (a construção foi temporariamente embargada pela Justiça) e outras quatro estão em estudo. "Essas barragens representam a destruição desse grande corredor ecológico, que vai se completar com a criação das unidades de conservação", explica.

Além de Feitosa, também receberam o Goldman Prize deste ano líderes sociais envolvidos com a luta pela preservação do rio Danúbio, pelo armazenamento seguro do lixo produzido por armas químicas nos Estados Unidos, pela defesa das florestas da Libéria, pelo fim do corte ilegal de madeira em Papua Nova Guiné e pelo respeito social durante a construção de barragens na China.

 
 

Fonte:Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Milena Fiori

 
 
 
 
 
 

 

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