BALANÇO DA OPERAÇÃO AÇO PRETO É DIVULGADO NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2006

Brasília (26/04/2006) - Dados do relatório final da operação “Ação Preto”, produzido pela Divisão de Fiscalização e Controle do Ibama no Pará (Dicof), ligada à Coordenação Geral de Fiscalização do Ibama (CGFIS), revelam que de cada dez carvoeiras inspecionadas pelo Ibama todas produzem carvão originário de desmatamento ilegal.

O documento relata que “parte dessas carvoeiras possui licença de operação (LO), cadastro técnico federal (CTF) e recebem Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF)”. E, acrescenta, que “durante a ação foi constatado que as ATPFs solicitadas pelas empresas produtoras de carvão vegetal, e liberadas pelo Ibama com para o transporte legal de carvão vegetal proveniente de resíduos de serrarias ou de resíduos de exploração florestal estão sendo ilegalmente usadas para acobertar o transporte de carvão proveniente de desmatamentos não autorizados pelo Ibama”.

O relatório observa também “que o endereço de origem constante nas ATPFs omitem a informação precisa do local como, por exemplo, PA-150 km 45, adentrando”. E, sugere, que “há necessidade urgente de estancar a liberação de ATPFs nas unidades descentralizadas do Ibama. Paralelamente providenciar o recadastramento das centrais de carbonização, incluindo no cadastro as coordenadas geográficas, a quantidade de fornos, a fonte real de matéria-prima e outras informações para facilitar a fiscalização dessas empresas”.

Segundo o relatório “o tipo de floresta que vem sendo destruída foi anteriormente explorado para abastecer as serrarias, onde árvores de grande porte foram abatidas, ficando apenas as de pequeno porte, com diâmetro inferior a 45 cm por Diâmetro da Altura do Peito (DAP). Exemplares de espécies como jatobá, ipê, maçaranduba, guajará e angelim estão sendo cortadas e transformadas em carvão visando abastecer os pólos siderúrgicos dos municípios de Marabá (PA) e Açailândia no estado do Maranhão”. No rastro da destruição o relatório aponta que, “após a limpeza da área pelos produtores de carvão, inclusive alguns são arrendatários, é aplicado semente de capim para formar pasto ou plantio de soja”.

Siderúrgicas -A ação fiscalizatória com o objetivo de verificar o recebimento, transporte, armazenamento e consumo de carvão vegetal foi realizada em seis empresas do pólo siderúrgico de Marabá: Sidenor - Siderúrgica Ltda, que foi autuada por transportar 28,00 metros cúbicos de carvão vegetal sem licença válida; Sidepar - Siderúrgica do Pará S/A, que recebeu oito autuações no período de 31/12/2004 a 26/10/2005, totalizando R$18.986.271,00 (dezoito milhões, novecentos e oitenta e seis mil e duzentos e setenta e um reais) por consumo, transporte e armazenamento de carvão; a Companhia Siderúrgica Ibérica do Pará, cujo resultado da vistoria indicou um déficit de consumo de carvão de 609.538,00 metros cúbicos de carvão (mdc) correspondente ao período de 2002 a 2004, sendo autuada por essa irregularidade. A empresa também foi autuada, na ocasião da vistoria, por receber 979,260 metros cúbicos de carvão sem licença do Ibama.

Na lista também estão: a Cosipar - Companhia Siderúrgica do Pará a empresa foi inspecionada pela equipe técnica da Diretoria de Florestas do Ibama (Diref), em maio de 2005. O resultado indicou um déficit de 2.884.692,30 metros cúbicos de carvão. No dia 12 de abril deste ano um veículo foi abordado na rodovia PA-150 com carga irregular de carvão vegetal destinado à empresa. O caminhão e carga foram acompanhados pela fiscalização até o seu destino, onde foi lavrado o Auto de Infração por recebimento de carvão sem licença válida; a Ferro Gusa Carajás, autuada por não estar inserida no Cadastro Técnico Federal (CTF). A Terra Norte Metais S/A está sem nenhuma irregularidade tanto na inspeção feita pela equipe técnica da Diref também em maio de 2005 quanto na realizada dia 17 de abril deste ano. Mas há necessidade de concluir na inspeção a verificação da origem e produção do carvão proveniente de babaçu utilizado pela empresa.

Histórico - As ações da operação “Aço Preto”, realizada entre 27 de março e 20 de abril foram realizadas nos municípios de Marabá, Rondon do Pará, Dom Eliseu, Ulianópolis e Paragominas e tinham como objetivo combater desmatamentos ilegais, bem como a produção, o transporte e o consumo de carvão vegetal irregular.

Os números das ações realizadas totalizam a apreensão de 37.600,20 metros cúbicos de carvão vegetal, o embargo de seis centrais de carbonização e autuação de 21 infratores que produziam, transportavam, consumiam ilegalmente carvão vegetal e desmataram ilegalmente mais de dois mil hectares de floresta nativa embargadas pela fiscalização. Na lista de bens apreendidos estão 22 caminhões e 11 motosserras. O montante de multas totaliza R$ 8.031.018,60 (Oito milhões, trinta e um mil, dezoito reais e sessenta centavos).

 
 

Fonte:Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom (Edson Gillet Brasil)

 
 
 
 
 
 

 

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