ÓRGÃOS AMBIENTAIS DISCUTEM COM PREFEITOS DO ENTORNO SOBRE A DESTINAÇÃO DE LIXO

Panorama Ambiental
Goiânia (GO) – Brasil
Maio de 2006

Prefeitos e secretários dos municípios do Entorno de Brasília se reuniram na Agência Goiana do Meio Ambiente (Agência Ambiental), nesta quinta-feira, 11 de maio, com representantes de órgãos ambientais do governo federal, estadual e municipal e Ministério Público para elaborar um programa para destinação de resíduos sólidos, multas e decidir sobre assinaturas de Termos de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TACs). A reunião abordou a questão do lixo urbano, que se apresenta hoje em dia como um grave problema para os administradores públicos.

Um grave problema para os gestores públicos é a falta de espaço para a implantação de novos “lixões” ou aterros sanitários. Segundo opinião comum entre os prefeitos presentes, a falta de apoio financeiro do governo federal para a implantação de projetos municipais de construção de aterros sanitários e as constantes multas resultantes da fiscalização de órgãos ambientais agravam a falta de orçamento para essa finalidade. “A situação está bastante crítica em nosso município. Estamos destinando os nossos resíduos sólidos para o aterro sanitário de Valparaíso”, disse a prefeita Sônia Chaves, do município do Novo Gama.

O prefeito de Valparaíso e presidente da Associação dos Municípios Adjacentes de Brasília (AMAB), José Valdécio, sugeriu a criação de um consórcio intermunicipal para resolver o problema do lixo. Já o prefeito da Cidade Ocidental, Plínio Marques, afirmou que a solução pode estar na criação de uma taxa de lixo, a exemplo do que acontece em Brasília.

O engenheiro ambientalista da Agência Ambiental, Osmar Mendes, salientou que a questão do lixo municipal deve ser enfrentada de forma programática pelos governos. Segundo ele, a administração da coleta, seleção e aterro sanitário devem gerar empregos e renda. “Uma tonelada de lixo, por exemplo, custa aos cofres públicos R$ 100,00, enquanto serviços de varredura custam em média R$ 50,00 por quilômetro”, afirmou, sugerindo aos prefeitos que encarem o problema “de forma “empresarial”, incluindo verbas nos orçamentos municipais para esse fim. Osmar lembrou ainda que no ano passado foram destinados para os 5.614 municípios brasileiros apenas R$ 1,6 milhão para o tratamento de resíduos sólidos. “Uma insignificância”, na opinião dos prefeitos presentes.

Para o representante do IBAMA/DF, Francisco José Viana Palhares, a situação da falta de aterros é crítica. Segundo ele, investimentos em saneamento básico custam dez vezes mais barato do que o saneamento da saúde. “O gás butano produzido pelos lixões é 21 vezes mais poluente do que o CO2”, justificou. Já o gerente Executivo do IBAMA/GO, Ary Soares dos Santos, disse que os prefeitos “aparentam estar gerindo massas falidas (os municípios)”. “É deprimente ver seres humanos disputando, nos lixões, a sobrevivência com os animais”, comentou.

Os representantes dos órgãos públicos encarregados da proteção ao meio ambiente, salientaram que as multas e as sanções por eles aplicadas estão “estritamente dentro da Lei”. Vale lembrar que o Ministério Público fiscaliza a atuação dos órgãos ambientais. Nova reunião com os prefeitos foi agendada para o dia 29 próximo para buscar solução para a questão do lixo.

Presidida pelo diretor de Qualidade Ambiental da Agência Ambiental, Roberto Freire, a reunião foi realizada na Sala de Reunião de Técnicos da AGMA, com a participação de Getulino Oliveira Narciso, Chefe de Gabinete da Presidência da AGMA, Evangevaldo Moreira dos Santos, diretor Administrativo, Zélia Aparecida Batista Soares, gerente da Secretaria Geral, Cláudio Adriano, gerente de Planejamento Estratégico; Giuliano Pompeu Rios de Pina, do Ministério Público; Neila Márcia de Moura Chagas Simões, Procuradora Geral do IBAMA; Francisco José Viana Palhares, Gerente Executivo do IBAMA/DF; Ary Soares dos Santos, gerente Executivo do IBAMA/GO; o secretário adjunto Etelvino Veríssimo Silva, representando o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Roberto Eduardo Giffoni; o prefeito e secretário de Valparaiso José Valdécio Pessoa , Alessandro Barreiro, Vera Lúcia Soares e Antônio Acácio; do Novo Gama, a prefeita Sônia Chaves Freitas Carvalho do Nascimento e o secretário Marinaldo Almeida Nascimento; o prefeito Plínio Marques, da Cidade Ocidental e seu secretário Júlio César; o diretor Ambiental de Luziânia, Zacarias da Silva Filho e os secretários de Santo Antônio do Descoberto, Jaci Cardoso de Oliveira e o arquiteto Sérgio Murilo Vasconcelos.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Goiás (www.agenciaambiental.go.gov.br)
Assessoria de imprensa (Dener Law)

 
 
 
 
 
 

 

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