Belém
(23/06/06) - O Mapa de Bordo da Pesca do Pará
será lançado hoje (23), a partir
das 9 horas, em solenidade no auditório
da sede da Superintendência do Ibama
em Belém. Além do superintendente
do Ibama/PA, Marcílio Monteiro, o lançamento
contará com a presença do Secretário
Especial de Aquicultura e Pesca, Benedito
Pompeu Portílio e do Diretor do CEPNOR,
Ítalo Vieira. “A pesquisa sobre a pesca
no Pará é pioneira e servirá
como instrumento e subsídio imprescindíveis
para o Ordenamento da Pesca na Amazônia
Oriental – Pará”, diz Vieira.
O estudo abrangeu todo o
litoral brasileiro, tendo como base a Instrução
Normativa - IN nº 26/2005, assinada pelo
então Ministro da Pesca, José
Fritsch e pela Ministra do Meio Ambiente Marina
Silva.
O Pará produz 154
mil toneladas de pescado, sendo 60% oriundos
de águas continentais (rios e interiores)
e 40% de águas estuarinas (foz dos
rios amazônicos). O setor pesqueiro
dispõe de 29 mil embarcações
de pescado de pequeno, médio e grande
porte em atividades em águas paraenses,
sendo sete mil no estuário e 22 mil
em águas continentais.
Dados da Delegacia Regional
do Trabalho – DRT, em Belém, colônias
e sindicatos de pesca contam com a participação
de mais de cinco mil mulheres na atividade
pesqueira. As mulheres pescadoras constituem
força de trabalho significativa no
setor da pesca e compõem o universo
dos 120 mil pescadores no Pará, onde
70 mil (55%) estão cadastrados em colônias
de pescadores em dezenas de municípios
paraenses.
Estes são alguns
dados que estão no inédito Mapa
de Bordo da Pesca no Pará, publicado
por pesquisadores do Centro de Pesquisa e
Gestão dos Recursos Pesqueiros do Litoral
Norte do Brasil - CEPNOR/Ibama e técnicos
da Secretaria Especial de Aqüicultura
e Pesca da Presidência da República
- SEAP.
Dados do IBGE demonstram
que mesmo com o declínio de 11% da
sua produção em 2004, com mais
de 154 mil toneladas, contra mais de 174 mil
toneladas em 2003, o Pará ainda se
mantém em primeiro lugar em produção
de pescado no País. No Estado a pesca
extrativa (marinha e continental) responde
pela maior parte da produção,
com 230,4 mil toneladas, e a aqüicultura
com apenas 14,3 mil. Em 2003, o Pará
enviou para o mercado externo 7,9 mil toneladas,
o que lhe valeu um faturamento de US$ 39,5
milhões.
