CETESB DESENVOLVE PROGRAMAS DE COMPUTADOR PARA DIVULGAR TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO E USO DE BIOGÁS


Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2006

28/06/2006 - Promover a disseminação da tecnologia de produção e uso do biogás, inclusive tornando acessível, ao cidadão comum, as informações básicas sobre o assunto, permitindo-lhe até avaliar custos e investimentos, e a possibilidade de transformar a recuperação do metano em créditos de carbono. Este foi o principal objetivo do lançamento, hoje (28/06), do programa de computador “Biogás, geração e uso energético” em duas versões, uma referente a aterros e outra, para efluentes e resíduo rural.

O biogás é uma mistura gasosa gerada pela degradação anaeróbia - sem presença do ar - , da matéria orgânica presente nos resíduos sólidos urbanos e nos efluentes domésticos, comerciais, industriais ou rurais. Essa mistura gasosa é rica em metano, que possui alto poder energético, em muitos casos em quantidade suficiente para ser explorado de forma econômica.
Além disso, o metano é um gás de efeito estufa, com poder de aquecimento global 21 vezes superior ao dióxido de carbono - outro dos gases que têm contribuído para o aumento da temperatura da Terra nos últimos anos - e, portanto, devendo sua emissão para a atmosfera ser inibida, conforme o Protocolo de Kyoto. Os programas de computador lançados hoje, que procuram auxiliar na avaliação de viabilidade do uso energético do biogás gerado em aterros e em estações de tratamento anaeróbio de efluentes, foram divulgados e distribuídos em forma de

CDs em evento promovido na sede da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB e Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA, estando também disponíveis na internet, nos sites da CETESB e da SMA, ou diretamente no endereço www.cetesb.sp.gov.br/biogas. Foram desenvolvidos com recursos do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Convênio Biogás, firmado entre a CETESB, a SMA e o Ministério da Ciência e Tecnologia.

A abertura do evento contou com as presenças do secretário José Goldemberg, da SMA, do presidente da CETESB, Otavio Okano, do coordenador executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, Fabio Feldmann, e dos representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, José Domingos Miguez, e do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago.

O secretário Goldemberg lembrou que o projeto de gás de aterro e geração de energia da Prefeitura de São Paulo, desenvolvido no Aterro Sanitário Bandeirantes, com potência de geração de 20 mil quilowatts, está sendo explorado pelo Unibanco, com ganhos para a instituição bancária. “É bom para todo mundo: para os aterros, para as prefeituras, para os investidores e para o meio ambiente”, afirmou.

O presidente da CETESB, por sua vez, fez questão de reconhecer o mérito do trabalho desenvolvido pelos especialistas da agência ambiental paulista visando a produção dos programas de computador agora disponibilizados. “Nossa expectativa é de que pesquisadores de todo o mundo possam contribuir com o trabalho e estimar com maior exatidão as emissões de metano em seus respectivos países”, disse.

Já o secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade ressaltou que há necessidade de uma uniformidade nacional no que se refere ao licenciamento de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).

Os representantes do Governo Federal fizeram apresentações do “Programa de Mudanças Climáticas do Governo Federal”, da “Atuação do Ministério das Cidades promovendo projetos de recuperação de biogás nos aterros do Brasil” e da “Política Nacional de Resíduos Sólidos no contexto das Mudanças Climáticas”.

Além disso, o gerente da Divisão de Questões Globais da CETESB, João Wagner Alves, fez a apresentação prática da aplicação dos programas de computador lançados, mostrando, entre outros itens, as etapas de elaboração de um projeto de geração e uso energético de biogás. De acordo com ele, considerando a necessidade de compartilhar o conhecimento desenvolvido, optou-se por permitir o acesso ao “código fonte” dos programas, permitindo assim que o usuário possa aperfeiçoar livremente o produto, adaptando-o às necessidades do seu Estado, municipalidade, instituição de pesquisa ou ensino, ou ainda empresa do setor de saneamento ou energia.

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)
Fotos: José Jorge

 
 
 
 
 
 

 

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