COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA FOI ASSUNTO DE DESTAQUE NO FORUM


Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2006

26/06/2006 - Representantes de 20 comitês de bacias hidrográficas do Estado de São Paulo (ausente apenas o do Turvo Grande) estiveram reunidos na última sexta-feira (23/6), na Fazenda Ipanema, em Iperó, discutindo o aprimoramento dos instrumentos de gestão para solucionar os problemas ambientais de cada uma dessas unidades de gerenciamento. A reunião foi organizada pelo Fórum Paulista de Comitês de Bacias, que vem desenvolvendo um trabalho de fortalecimento dos comitês, formulando debates sobre políticas públicas para a gestão das águas.

Foi a primeira reunião ordinária do Fórum Paulista deste ano e teve um caráter extremamente participativo. “Foi importante no sentido de facilitar a interlocução do conjunto dos comitês e ampliar as discussões para a decisão de novos projetos e encaminhamentos junto às diversas instâncias de governo”, comentou Maria Emília Botelho, coordenadora do Fórum. A mesma posição foi compartilhada pelo coordenador do Fórum Nacional de Comitês de Bacias, Lupércio Ziroldo Antonio, presente à reunião. “Este tipo de encontro é muito importante para se congregar idéias e para a discussão de problemas que afetam a cada bacia ou mesmo em âmbito

regional, fortalecendo o Sistema Nacional de Recursos Hídricos”, disse. Nesse sentido, os comitês de São Paulo já estão encaminhando à coordenação do Fórum Paulista os trabalhos propostos para apresentação no VII Encontro Nacional de Comitês de Bacias, a ser realizado no período de 7 a 10 de agosto próximo na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Nesse encontro estará sendo discutido o Plano Nacional e a Gestão Participativa, com enfoque para o planejamento, sustentabilidade e funcionamento dos comitês. Existem, atualmente, 144 comitês funcionando no país em 18 Estados brasileiros.

Cobrança da água

A situação atual dos trabalhos sobre a implementação da cobrança do uso da água no Estado, foi assunto de destaque durante o encontro em Iperó. Luis Fernando Carneseca, do Conselho Consultivo de Recursos Hídricos -CORHI, fez uma ampla explanação sobre os fundamentos do Decreto 50.667 que regulamentou dispositivos da Lei nº 12.183/05, que trata da cobrança pela utilização dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos de domínio do Estado de São Paulo.

A lei que possibilita a cobrança já foi regulamentada e publicada, envolvendo, nesta fase inicial do processo, os usuários urbanos e industriais, conforme foi estabelecido no decreto. E a partir de 2010 serão cobrados os demais usos, entre eles a agricultura. O valor da cobrança será calculado com base no volume consumido e o tipo de utilização, considerando a diferença entre o volume captado e o volume devolvido à bacia hidrográfica, incidindo sobre captação, derivação ou extração, ou seja, a coleta da água em rios, nascentes ou poços.

A primeira providência antes da efetiva cobrança será a implantação do cadastro de usuários pela CETESB e DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica. Paralelamente, serão estabelecidos os limites e condicionantes pelo Conselho de Recursos Hídricos (CRH), que serão efetivados por meio dos comitês de bacia que deverão as informações, propostas e limites de valores para determinado período. A lei já estabeleceu dois limites: um para captação e outro para lançamento, não estando estabelecido, ainda, para o consumo, que pode vir a ser definido pelo CRH. Outro ponto que é premissa para a cobrança é ter um plano de bacia capaz de orientar a aplicação desses recursos.

Depois de ter o plano de bacias, o cadastro e os limites e condicionantes estabelecidos pelo Conselho Estadual, o passo seguinte é o comitê fazer uma proposta para a cobrança, que será submetida ao CRH para um referendo, seguido de um decreto do governo estabelecendo a cobrança em nível estadual, com a aprovação e fixação dos valores em cada bacia hidrográfica.

Outro assunto tratado na reunião do Fórum foi sobre o Programa de Capacitação e Gestores Municipais e Conselheiros do SISNAMA, para a implantação do Sistema Nacional de Meio Ambiente nos municípios paulistas. Segundo Fredmar Correa, da Comissão Tripartite estadual, está prevista a realização de 56 horas/aula destinadas ao curso de capacitação de gestores municipais.

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa
Fotos: José Jorge

 
 
 
 
 
 

 

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