PRIMEIRA USINA DE BIODIESEL DE PERNAMBUCO DEVE FUNCIONAR AINDA NESTE MÊS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2006

18/07/2006 - A primeira usina de biodiesel de Pernambuco já está sendo montada e pode começar a funcionar no final deste mês. Localizada no município de Caetés, no Agreste Meridional, a 252 quilômetros de Recife, a usina vai garantir uma produção de 2 mil litros/dia de biodiesel destinada, fundamentalmente, à pesquisa. O biocombustível chamado biodiesel, de acordo com normatização do governo federal, já pode ser adicionado ao diesel comum em 2% e, a partir de janeiro de 2008, este acréscimo vai passar a ser obrigatório.

"Praticamente todos os equipamentos da usina já estão instalados. Agora, no final do mês vamos começar os testes e o treinamento interno", afirma o diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), Fernando Jucá, unidade vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que coordena a implantação da usina.

A usina de Caetés está sendo instalada na BR-424, que liga os municípios pernambucanos de Garanhuns e Caetés. É composta de quatro grandes depósitos, de 20 mil litros cada - sendo dois para a matéria-prima e dois para o biodiesel - e de uma área de processamento químico da matéria-prima que, após misturada ao álcool, funciona como catalisador e gera o biocombustível. Há, ainda, um laboratório e uma área administrativa.

Cerca de R$ 1 milhão foram investidos pelo MCT em todo o processo de instalação da usina, sendo R$ 800 mil provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e R$ 200 mil do Cetene. Inicialmente, a usina de Caetés vai começar a funcionar utilizando óleo de caroço de algodão e, posteriormente, outras oleaginosas como a mamona deverão ser testadas.

"O mundo está correndo atrás de alternativas energéticas diferentes do petróleo", ressalta Jucá. No País, lembra ele, essa busca começou com o Proálcool, programa de produção do álcool que teve início no Instituto Nacional de Tecnologia (INT), também uma unidade do MCT, ao qual o Cetene está ligado. O biodiesel, agora, vai funcionar como alternativa ao álcool e também ao diesel. "Hoje, o Brasil importa 5% do diesel que consome. Isso gera uma conta de US$ 400 milhões ao ano", diz. Quarenta por cento do combustível consumido no País é diesel.

Parceiros

Para viabilizar o projeto, o Cetene montou uma rede que envolve várias instituições. Todo o combustível produzido na usina vai ser testado em um Laboratório de Tecnologia Automotiva montado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), na área do empreendimento. O Laboratório de Combustíveis da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai fazer a análise do combustível produzido pela usina e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está trabalhando na pesquisa da genética das oleaginosas.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) está cuidando da pesquisa agrícola nas regiões vizinhas a Caetés e do acompanhamento da produção de mamona, oleaginosa que deverá ser utilizada na produção do biodiesel. O Centro de Estudos e Projetos do Nordeste (Cepen) e o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep) estão coordenando um programa de capacitação e agricultura familiar de mamona. A Prefeitura de Caetés cedeu em comodato, por 20 anos, o terreno onde está sendo montada a usina.

"Estamos estudando o biodiesel como se fosse uma grande cadeia, que vai desde a aptidão local até a adequação da oleaginosa ao solo e ao clima local. Pesquisa-se, inclusive, no País, o melhoramento genético das oleaginosas", afirma Fernando Jucá.

Até o final do ano a expectativa do governo federal, informou Jucá, é de que cem mil famílias estejam trabalhando na agricultura para o biodiesel, produzindo as diversas oleaginosas. Hoje, na região Norte do País, o sucesso tem sido a palma e, no semi-árido nordestino há uma concentração na produção de mamona. Além dessas, há ainda o Pinhão, a oiticica, o ouricuri, o dendê. O biodiesel pode ser obtido também a partir de gordura animal.
Fabiana Galvão - Assessoria de Imprensa do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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