ESTUDANTES COMPLETAM VIAGEM PELA AMAZÔNIA COM VISITA AO IBAMA E A BRASÍLIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2006

Brasília (24/07/2006) – Quarenta e cinco estudantes de nove países e quatro idiomas (inglês, francês, espanhol e português), que participam da Expedição Conhecendo a Amazônia, caminhos de Orellana, visitaram o Ibama na manhã de hoje. Eles chegaram em ônibus verdes do Exército, após uma jornada de 30 dias percorrendo a Amazônia em barco, avião e automóveis, refazendo o caminho do desbravador do Amazonas, o espanhol Francisco de Orellana, em 1541.

A expedição, planejada pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e iniciada no Equador, termina em Brasília, de onde os estudantes e seus professores retornam aos lugares de origem: Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e cinco estados brasileiros.

Os expedicionários foram recebidos pelo assessor internacional da Casa, Marco Antônio Capparelli, que já recebera a delegação na sua chegada ao Brasil, em Tabatinga, no Amazonas. Após palestra de Capparelli, os estudantes passearam pelo orquidário, conheceram o Centro de Monitoramento Ambiental e o Laboratório de Produtos Florestais, onde técnicos investigam novas possibilidades de aproveitamento comercial da madeira, como já ocorre com instrumentos musicais. “Na Guiana também há orquídeas, mas algumas destas eu ainda não tinha visto”, disse guianense Stephanie Farah Khan, de 15 anos, observando uma orquídea híbrida no viveiro do Ibama.

Carne abençoada - A garota, de origem muçulmana, estudante do ensino médio na New Amsterdan Multilateral School, mesmo longe de casa, manteve a identidade cultural. Durante todo tempo usou o kimar, um lenço com que manteve a cabeça - não o rosto - encoberta. Ela nunca havia deixado a Guiana e se disse deslumbrada com as flores, as águas dos rios e a gentileza dos brasileiros, amor que confirmou quando, num impulso - repreendido pela professora -, colheu uma flor de uma árvore.

A única dificuldade de Stephanie na viagem foi com a carne. Os muçulmanos só comem carne vermelha e de ave se forem abençoadas. A diversidade obrigou-a a se adaptar ao impeditivo. Como o mar para os muçulmanos é sagrado, embora ela não goste muito de peixe, e suspeite que tenha perdido alguns quilos, tem se alimentado de pescados.

A carioca aula Abreu, de 17 anos, estudante do terceiro ano do Colégio São Paulo, em Teresópolis (RJ), mantém o celular a tiracolo. “No início da viagem eu telefonava bastante para meu namorado, Felippe – ‘com dois pês’, mas ultimamente não tenho ligado muito”, diz ela, acrescentando que a viagem ampliou sua visão de mundo. “Foi interessante ver realidades tão diferentes das que eu vivo em Teresópolis. Os ribeirinhos, por exemplo. Mesmo sem televisão e outros confortos, conseguem ser felizes”, falou.

Intercâmbio - Enquanto os jovens ouviam explicações sobre o Laboratório de Produtos Florestais, o índio equatoriano e doutor em direito internacional Moisés Yánez, integrante da expedição, mostrou a servidores do Ibama como seleciona madeiras para fabricar lanças e zarabatanas, instrumentos de caça. Um pouco antes, Yánez aprendeu com o analista ambiental do Ibama Edson Rangel, especialista em anatomia de madeira, a identificar espécies usando uma lupa.

Yánez disse que índios costumam selecionar madeiras a partir de análise visual e, pegando amostras sobre a mesa de trabalho de Rangel, explicou que a muiracatiara, pesada, seria aproveitada em pontas de lanças, e a garapa, mais leve, “no corpo” dos instrumentos.

Água Mineral - Os estudantes terão novo encontro com os servidores do Ibama. Na quarta-feira (26/07), farão uma visita ao Parque Nacional de Brasília (Parque da Água Mineral), onde caminharão por trilhas, tomarão banho de piscina natural e assistirão a palestras informais sobre educação ambiental.

O encerramento oficial da expedição ocorrerá hoje, às 15h, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, onde serão recebidos pelo presidente da Casa. Às 17h, o presidente Luís Inácio Lula da Silva receberá os estudantes no Palácio do Planalto.
Sandra Sato e Rubens Amadori

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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